Líder dos autarcas do PSD defende que coligações com o Chega não devem ser excluídas após eleições

Rui Rio disse que gostaria que os presidentes de câmara evitassem acordos com o Chega.

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PSD não fará coligações pré-eleitorais com o Chega Rui Gaudencio

Hélder Silva, presidente dos Autarcas Sociais-Democratas (ASD), defendeu que as coligações pós-eleitorais com o Chega não devem ser excluídas. O PSD e o CDS acordaram em afastar o partido de André Ventura de quaisquer alianças pré-eleitorais, mas esse compromisso termina com o acto eleitoral de 26 de Setembro.

Em entrevista à Rádio Renascença, Hélder Silva referiu-se ao caso dos Açores em que existiu uma coligação pós-eleitoral com o Chega. “Mais do que os partidos, o que conta são as pessoas e se os candidatos em termos locais considerarem que têm condição de formalizar algumas coligações pós-eleitorais penso que elas não poderão, nem deverão ser excluídas à partida”, disse o responsável por esta estrutura autónoma do PSD.

Hélder Silva, que é também presidente da Câmara de Mafra, defendeu que esse afastar de possibilidades de alianças após as eleições não deve ser colocado na sua “totalidade e com fundamentalismo”.

A questão das coligações pós-eleitorais com o Chega foi colocada ao líder do PSD. Em entrevista ao Expresso, no final do mês de Julho, Rui Rio referiu ter “poderes para evitar coligações pré-eleitorais” uma vez que elas são apresentadas pelo secretário-geral no Tribunal Constitucional. Já a forma como os presidentes de câmara eleitos distribuem os pelouros é da vontade dos próprios. “Posso dizer aos presidentes de câmara que gostava que eles não o fizessem, mas não o posso garantir, porque não tenho esse poder, disse.

Nesta quarta-feira, e depois de já ter anunciado a intenção há semanas, o líder do Chega confirmou que enviou um convite a Rui Rio, ao líder do CDS e da Iniciativa Liberal para uma conferência sobre um Governo de direita, em Outubro. O presidente social-democrata alegou não ter recebido a carta por não estar na sede nacional do partido em Lisboa. De qualquer forma escusou-se a responder a André Ventura. “Não dou resposta nenhuma ao Chega. O único líder partidário que a mim me compete comentar é o líder do PS porque é primeiro-ministro”, afirmiu. 

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