Há 20 anos, apanhei A Fogueira das Vaidades na televisão. Apanhei-o já depois de ter começado. Fiquei fascinado e não sei por quê. Do que me lembro, perdi certamente algumas das melhores partes do filme: o início, com o amanhecer e anoitecer de um dia inteiro em Nova Iorque, e o ambicioso plano-sequência — filmado pelo mesmo operador de câmara de Tudo Bons Rapazes, Larry McConky — com Bruce Willis, bêbedo, a entrar, de limousine, carrinho de golfe e elevador numa festa. Obviamente, adolescente que era, não sabia que o filme tinha sido um retumbante flop. Passada uma década, li o livro de Tom Wolfe. Revi o filme. Não gostei nada. Percebi como era uma adaptação falhada, sem o desprezo profundo de Wolfe por quase todas as personagens que, de alto a baixo, fazem a história.
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