Turistas nas Astúrias queixam-se de galos, vacas, burros. Resposta oficial: isto é o campo, se não aguentas, não venhas
Quem é que vai de férias para o campo e se queixa do galo cantar cedo, de excrementos de vacas nas estradas, dos sinos? Gente suficiente para chatear a tal ponto a autarquia de Ribadesella que esta espalhou um anúncio a avisar os turistas que “as aldeias não são a cidade”. “É uma chamada de atenção para defender o que é nosso”: os turistas que não gostam das tradições, sons e cheiros locais que fiquem em casa.
As Astúrias são uma filigrana feita de tesouros naturais, entre as montanhas, vales abruptos, arribas vertiginosas. Naturalmente, com o aumento exponencial da procura de espaço e natureza em tempos de férias da pandemia, as Astúrias são para muitos espanhóis e estrangeiros um dos territórios a desbravar. O problema é que alguns, mais habituados a outros destinos, começaram a reclamar de detalhes que deixaram estupefactos, pelo menos, os habitantes e autarcas de Ribadesella (Ribeseya em asturiano), vila e concelho daquele principado, entre costa e interior, com pouco mais de cinco mil habitantes e uma densidade populacional de 68 habitantes por km2.
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