Ladrões falham roubo de uma pintura de Monet nos Países Baixos
Funcionários e visitantes do Museu Zaans impediram os assaltantes, que estão ainda a ser procurados pela polícia. O valor da tela está estimado em 1,2 milhões de euros
Dois homens tentaram levar este domingo uma tela de Claude Monet – De Voorzaan en de Westerhem – do Museu Zaans, em Zaandam, no norte dos Países Baixos, mas não conseguiram concretizar o roubo e fugiram do museu de mãos vazias, informa a polícia local, que continua a procurar os assaltantes. A polícia adianta ainda que foram disparados alguns tiros durante este assalto abortado, mas que ninguém ficou ferido.
A tentativa de roubo aconteceu por volta das 10h30 da manhã e, segundo a televisão pública dos Países Baixos, foram as equipas do museu e alguns visitantes que impediram os ladrões de levar a pintura a óleo de Monet, cujo valor comercial está estimado em 1,2 milhões de euros.
Os assaltantes deixaram o local numa motorizada preta, entretanto já recuperada pela polícia, e continuam em fuga.
“Estamos muito aliviados por ninguém ter sido ferido e por os dois homens não terem conseguido roubar seja o que for”, disse a directora do Museu Zaans, Marieke Verweij, à CNN.
O museu esteve fechado na segunda-feira e reabriu no dia seguinte, mas a tela, que integrava a exposição Monet em Zaandam, foi retirada, estando agora a ser analisada para se verificar se sofreu alguns danos.
Adquirida pelo museu em 2015, por 1,16 milhões de euros, a pintura mostra barcos a navegar no rio Zaan, que Claude Monet podia ver a partir da janela do hotel onde se alojou durante quatro meses, em 1872, com a sua mulher e o seu filho.
Zaandam, a norte de Amesterdão, revelou-se uma fonte de inspiração para o artista, que ali realizou 25 pinturas e nove desenhos da cidade. Numa carta ao pintor Camile Pissarro, diz que em Zaandam “há o que pintar durante uma vida inteira”. E adianta alguns exemplos: “Casas de todas as cores, moinhos às centenas, barcos encantadores”.
A paisagem retratada em De Voorzaan en de Westerhem inclui três moinhos de vento, mas todos eles tinham já desaparecido em 1916, adianta o site do museu, o que também torna esta tela um testemunho de uma parte da cidade que já não existe.