O Ministério da Administração Interna colocou nesta segunda-feira os distritos de Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal, Vila Real e Viseu em estado de alerta, devido ao agravamento do risco de incêndio.

O anúncio, feito esta tarde por comunicado, estabelece a seguinte lista de proibições:

1) Proibição do acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais previamente definidos nos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios, bem como nos caminhos florestais, caminhos rurais e outras vias que os atravessem;

2) Proibição da realização de queimadas e queimas de sobrantes de exploração;

3) Proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais com recurso a qualquer tipo de maquinaria, com excepção dos associados a situações de combate a incêndios rurais;  

4) Proibição de realização de trabalhos nos demais espaços rurais com recurso a motorroçadoras de lâminas ou discos metálicos, corta-matos, destroçadores e máquinas com lâminas ou pá frontal.

5) Proibição total da utilização de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos, independentemente da sua forma de combustão, bem como a suspensão das autorizações que tenham sido emitidas nos distritos onde tenha sido declarado o Estado de Alerta Especial de Nível Laranja pela ANEPC.

O estado de alerta mantém-se até ao final de quarta-feira, dia 18 de Agosto, esclarece a nota.

Ao início da tarde, numa conferência de imprensa na sede da ANEPC para fazer um balanço da situação em termos de incêndios, Mário Silvestre disse que às 12h30 desta segunda-feira não havia no país incêndios significativos.

Nas últimas 24 horas os incêndios em Valpaços e Castro Marim foram os que levantaram “mais algumas preocupações” disse, explicando que as 14 pessoas que tinham sido retiradas por precaução das suas casas, devido ao incêndio de Castro Marim, com o de Valpaços em rescaldo, já voltaram para casa.

Sobre o estado de alerta especial o responsável explicou que, com base em informações do Instituto Português do Mar e da Atmosfera a ANEPC decidiu inicialmente manter, e agravar em quatro distritos, o estado de alerta especial até às 23h59 de dia 17. Já a meio da tarde, os Ministros da Defesa Nacional, da Administração Interna, do Ambiente e da Acção Climática e da Agricultura estenderam o aviso a 14 concelhos.

O responsável da ANEPC disse também que nas últimas 24 horas foram registados 38 crimes de incêndio florestal, sem especificar, e reafirmou a necessidade de as pessoas se absterem do uso de fogo e de utilização de maquinaria no espaço rural.