Os loucos anos 20 ensinaram-nos a dançar como se não houvesse amanhã. A febre vai voltar?
Os clubes nocturnos que duram pouco mais de uma década mudam a vida quotidiana de Lisboa no pós-guerra, que agora se faz freneticamente à noite. Dança-se, bebe-se, joga-se e consome-se cocaína. “Um clube à noite é a síntese da vida moderna: a confusão, o delírio, o après-moi le déluge”, escreve um jornal da capital.
Talvez por estarmos todos com vontade de voltar a dançar, o que sobressai quando olhamos para os “loucos anos 20” — aqueles que se seguiram à I Guerra Mundial e à pandemia da pneumónica — é o surgimento dos clubes nocturnos em Lisboa, onde se dançava como se não houvesse amanhã e que transformaram a vida quotidiana da capital. Os lisboetas aprenderam a dançar freneticamente ao som do jazz, tinham aulas de foxtrot ou tango, mas o rei dos novos clubes a que se tinha acesso desde que se pudesse pagar entrada era mesmo o charleston, a dança com movimentos quebrados que permitia aos pares separarem-se na pista de dança.
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