Programa PROMOVE: Conheça os projectos e as ideias vencedoras para dinamizar o interior de Portugal

A 3.ª edição do concurso que visa promover o desenvolvimento do interior do país inclui 19 projectos vencedores, divididos em três categorias. Conheça os projectos-piloto e as ideias vencedoras distinguidas nesta edição.

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No total, foram recebidas 68 candidaturas de projectos-piloto - uma subida superior a 50% face a 2019-, 14 propostas de ideias e 16 candidaturas à nova linha de projectos I&D mobilizadores. Da lista dos vencedores desta terceira edição do concurso PROMOVE fazem parte 3 projectos de Investigação e Desenvolvimento (I&D) mobilizadores, 10 projectos-pilotos e 6 ideias que se destinam a apoiar, dinamizar e trabalhar para o progresso das regiões do interior de Portugal. 

Com um valor total de apoios a fundo perdido superior a 2.5 milhões de euros, este concurso da Fundação “la Caixa”, em colaboração com o BPI e em parceria com a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), visou três áreas geográficas específicas do país:

  • No Norte, todos os municípios das NUTS III Alto Tâmega e Terras de Trás-os-Montes e ainda os municípios de Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa, integrados na NUT III Douro;
  • No Centro, todos os municípios das NUTS III Beiras e Serra da Estrela e Beira Baixa;
  • No Alentejo, todos os municípios das NUTS III Alto Alentejo e Baixo Alentejo, e ainda os municípios de Alandroal, Borba, Mourão, Portel, Redondo, Reguengos de Monsaraz e Vila Viçosa da NUT III Alentejo Central.

O concurso foi dirigido a três tipologias de destinatários: as candidaturas de projectos-piloto estiveram abertas a empresas, entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional e outras entidades privadas sem fins lucrativos, em parceria com entidades do sector público, bem como com grupos informais; as candidaturas de ideias inovadoras destinaram-se a equipas de estudantes do ensino superior das instituições de ensino das áreas incluídas no concurso; e, por fim, as candidaturas de projectos I&D mobilizadores estiveram abertas a unidades de I&D com classificação da FCT (2019) de Muito Bom ou Excelente, em parceria com entidades não empresariais ou em consórcio com entidades do sector público ou privado.

Conheça os projectos de investigação, projectos-piloto e ideias que se destacaram na terceira edição do PROMOVE.

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Projectos I&D Mobilizadores

1. Aquae Vitae — Água termal como fonte de vida e saúde

Promovido pelo Centro de Investigação de Montanha – Instituto Politécnico de Bragança, este projecto visa potenciar os benefícios da água termal, avaliando os seus efeitos terapêuticos no desenvolvimento de bebidas, alimentos e produtos cosméticos, e a sustentabilidade dos recursos hidrominerais e geotérmicos da região.

2. AQUADAPT — Ecossistemas fluviais à prova de alterações climáticas para uma gestão sustentável

Promovido pelo Instituto Superior de Agronomia, este projecto que abrange parques e reservas naturais na região do Alentejo, município de Beja, quer avaliar o risco e construir ferramentas de adaptação para a região de forma a elevar a resistência e resiliência dos ecossistemas fluviais face às alterações climáticas.

3. BioD’Agro — Sistema operacional inteligente de informação e suporte à decisão em AgroBiodiversidade

Promovido pelo LEAF – Centro de Investigação em Agronomia, Alimentos, Ambiente e Paisagem, visando parques e reservas naturais na região Centro, município da Figueira de Castelo Rodrigo, este projecto propõe o desenvolvimento de um sistema de monitorização da vinha e da biodiversidade funcional em áreas remotas e parques naturais, de forma a demonstrar a sua viabilidade tecnológica e utilidade para os produtores de vinha biológica da região.

Projectos-piloto inovadores

1. Remediação de massas de água afectadas por drenagem de mina

Promovido pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco, e no âmbito da prevenção de riscos naturais e gestão eficiente de recursos na região Centro, município de Castelo Branco, este projecto procura avaliar a eficiência de geomateriais na retenção de elementos potencialmente tóxicos presentes em efluentes mineiros e responsáveis pela contaminação de cursos de água.

2. Sistema de previsão e detecção de pragas em montado (dehesa)

Promovido pelo InnovPlantProtect - Associação, e visando a prevenção de riscos naturais e gestão eficiente de recursos, agora na região do Alentejo, município de Ourique, a ideia deste projecto assenta no desenvolvimento de um sistema de alerta e detecção para controlo da dispersão da doença do declínio do montado e que afecta os seus ecossistemas de forma irreversível.

3. Pastagens Regenerativas

Promovido pelo ESDIME — Centro de Apoio ao Desenvolvimento, novamente no âmbito da prevenção de riscos naturais e gestão eficiente de recursos e também na região do Alentejo, município de Castro Verde, este projecto quer combater a desertificação. Como? Através da experimentação e testagem de técnicas de mobilização do solo e gestão de pastoreio para promoção da adaptação climática, regeneração ambiental e a sustentabilidade na gestão agro-pecuária extensiva em territórios de elevada aridez e susceptibilidade à desertificação.

4. AgroSatAdapt

Com incidência na região do Alentejo, município de Beja, a ideia da Universidade de Évora para a prevenção de riscos naturais e gestão eficiente de recursos passa pela criação de ferramentas analíticas que promovam a gestão da paisagem e do potencial produtivo da região com foco na sustentabilidade. A chave está nos dados de remotos (satélites e outros) e climáticos, hídricos e socioeconómicos para caracterização de regiões dominadas por actividades agro-silvopastoris.

5. Acorn4MED

A Tech4Med quer dinamizar a região Norte, município de Bragança, através da valorização da bolota como matéria-prima em medicina para produção de soluções novas com impacto na sustentabilidade florestal e dinâmica económica de Trás-os-Montes.

6. LandFood

O Armazém da Bolota, no domínio da criação ou consolidação de novos pólos de especialização na região do Alentejo, município de Portalegre, propõe-se lançar um projecto que visa, novamente, a valorização da bolota como matéria-prima, mas agora destacando o seu valor nutritivo, sem glúten, como mais-valia para a indústria agro-alimentar, com o objectivo de contribuir para assegurar a competitividade económica da floresta endémica alentejana.

7. EscarpArte

Promovido pelo MORE — Laboratório Colaborativo Montanhas de Investigação, no domínio da valorização do capital simbólico para atracção de turistas e residentes na região Norte, município de Mirandela, este projecto vencedor propõe-se a estudar e divulgar ao público a maior concentração de pintura esquemática da pré-história recente em Portugal, localizada na Serra de Passos/Serra de Comba.

8. Casa do Património Pecuário como atracção turística

Promovido pela Associação Nacional de Criadores de Cabra Bravia, também no domínio da valorização do capital simbólico para atracção de turistas e residentes na região Norte, município de Vila Pouca de Aguiar, este projecto inovador propõe-se a criar um centro de interpretação sobre sistemas de produção pecuária locais, as raças autóctones e seus produtos, onde se incluem actividades educativas, gastronómicas e turísticas com impacto internacional.

9. Kassandra@Côa

A Morph World – Geologia e Geomática quer dinamizar a região Norte, município de Vila Nova de Foz Côa, através da criação ou consolidação de novos pólos de especialização. Mais concretamente, através de um projecto cujo objectivo é dotar o território de um sistema de sensores fixos e transferência contínua de dados que irá monitorizar em tempo real as evoluções das gravuras do Vale do Côa decorrentes de alterações climáticas e acções do Homem.

10. BTCpro

Promovido pelo Betão e Taipa, Construção e Recuperação de Edifícios, e visando a região do Alentejo, mais concretamente o município de Serpa, este projecto-piloto inovador quer trabalhar no desenvolvimento de soluções para melhorar o comportamento térmico dos Blocos de Terra Comprimidos (BTC), através da incorporação de materiais de baixo custo e reduzido impacte ambiental, com vista a aumentar o seu uso na indústria de construção e reforçar a circularidade do sector.

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Ideias inovadoras

1. Trás-os-Montes Interactivo: Percursos Virtuais

O Instituto Politécnico de Bragança propõe para a valorização do capital simbólico e atracção de turistas e residentes nesta região do país a construção de um portal web virtual dedicado a promover as terras de Trás-os-Montes, com o objectivo de contribuir para internacionalizar o território e a sua cultura.

2. Itchmeter

Um protótipo de dispositivo portátil capaz de diagnosticar alergias e capaz de eliminar, não só o desconforto associado aos testes cutâneos, como os congestionamentos hospitalares. É esta a ideia lançada pela Universidade da Beira Interior, que visa contribuir para a dinamização da região Centro, no domínio da criação ou consolidação de novos pólos de especialização.

3. NatSauce – Da natureza para a mesa através da inovação​

O Instituto Politécnico de Bragança quer também melhorar a forma como nos alimentamos e fomentar novos pólos de especialização na região, através da criação de molhos naturais e saudáveis, que resultem de processos sustentáveis e vegan, sem ovos, cores ou sabores artificiais.

4. Alentejo By Knife & Fork

O Instituto Politécnico de Portalegre propõe a valorização do capital simbólico para atracção de turistas e residentes no Alentejo com a criação de passeios turísticos em viaturas de luxo que sejam capazes de transportar pessoas de mobilidade reduzida e que integrem no itinerário o património histórico e etnográfico, assim como a hotelaria, gastronomia e vinhos do distrito de Portalegre.

5. BioSolve - Biorremediação da sopa plástica

Já a Universidade da Beira Interior propõe para o Centro o desenvolvimento de um processo de biorremediação sustentável de PET, fazendo uso da bactéria “Ideonella sakaiensis”, presente no soro de queijo, sub-produto da indústria da região.

6. Acetic2Electric

O Politécnico de Beja propõe a utilização de outra bactéria: desta vez é a “Geobacter sulfurreducens” que, inserida na cadeia de produção de bioetanol, será capaz de eliminar inibidores da fermentação alcoólica, contribuindo para a viabilização de biorrefinarias usando resíduos da indústria do azeite.

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