Benfica venceu e convenceu em Moscovo

Os “encarnados” venceram nesta quarta-feira o Spartak, por 2-0, na primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões.

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Os festejos do primeiro golo do Benfica em Moscovo EPA/MAXIM SHIPENKOV

O primeiro acto do Benfica versão 2021-22 terminou com uma vitória e uma exibição convincente. Na Otkyrtie Arena, a Nordeste de Moscovo, o reencontro entre Jorge Jesus e Rui Vitória foi quase sempre favorável ao treinador da equipa benfiquista, que dominou do princípio ao fim a partida e beneficiou das melhores oportunidades. Embora a diferença final não reflicta a superioridade do Benfica sobre o Spartak, os golos de Rafa e Gilberto, na segunda parte, garantiram uma importante vitória (2-0) dos “encarnados” na primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões.

A antevisão da estreia oficial do Benfica na temporada tinha mostrado um Jorge Jesus conciliador – evitou qualquer palavra hostil dirigida a Rui Vitória – e, ao contrário do que é regra no futebol, sem rodeios na explicação do esquema táctico que, supostamente, iria utilizar.

Segundo o técnico, se na pré-época tinha trabalhado “com uma estrutura de quatro” na defesa, seria “normal” manter “o que fez”. Pela mesma lógica, se Gonçalo Ramos tinha estado em destaque, seria “normal” utilizar “um menino que está a crescer muito”. No entanto, a revelação do “onze” do Benfica confirmou que, com Jesus, o que é “normal” está longe de ser a regra.

Se a titularidade de João Mário não surpreendeu – foi o único reforço no “onze” e um dos melhores em campo -, a opção por um esquema com três centrais, algo que não foi testado na pré-época, era uma novidade. Porém, mais surpreendente foi a entrada directa para a equipa titular de Diogo Gonçalves, que esteve afastado várias semanas devido a problemas nos adutores.

Já Rui Vitória optou por fazer duas alterações em relação ao “onze” que venceu o Krylia Sovetov, na segunda jornada da Liga russa, colocando Jordan Larsson (filho do antigo internacional sueco Henrik Larsson) e Hendrix nos lugares de Moses e Ignatov. Em teoria, as mudanças procuravam dar uma maior consistência defensiva aos russos. Na prática, o que se viu foi um Spartak “encolhido” e com receio do adversário.

Muitos lances de golo

O filme do jogo na capital russa é simples de resumir. Desde o apito inicial, a única equipa que procurou atacar a baliza adversária foi o Benfica e, de forma natural, as oportunidades começaram a surgir.

Logo aos 6’, Grimaldo assistiu Pizzi, mas o remate do médio foi interceptado por um russo, quando parecia dirigir-se para o fundo da baliza. Pouco depois, Larsson obrigou Vlachodimos a uma defesa difícil, mas na resposta Diogo Gonçalves quase marcou de cabeça.

Sem mostrar problemas em assumir o comando, o Benfica continuou a jogar no meio-campo russo e, aos 17’, Pizzi voltou ter no seu pé direito o primeiro golo, mas o remate saiu por cima.

Com uma equipa de tracção atrás, o Spartak apenas conseguia incomodar Vlachodimos com um remate de longe de Umyarov, mas sempre que os russos tentavam atacar, a resposta benfiquista era imediata: aos 27’, Rafa, de trivela, ficou a centímetros do golo.

Embora melhor, o Benfica chegou ao intervalo sem golos e sem Seferovic (o suíço lesionou-se e foi substituído por Gonçalo Ramos aos 37’), mas após quatro boas oportunidades para marcar na primeira parte, o merecido golo benfiquista surgiu logo após o intervalo. Aos 50’, Rafa combinou bem com João Mário e rematou forte e cruzado, sem dar hipóteses ao guarda-redes russo.

Com o Spartak a mostrar pouca capacidade para assumir o controlo, Jesus refrescou a equipa aos 65’, trocando Pizzi e Diogo Gonçalves por Gilberto e Everton, e acabou por ser o defesa brasileiro a fazer o segundo do Benfica: assistido por Veríssimo, Gilberto bateu novamente Maksimenko, fixando um resultado importante e justo, mas que peca por escasso perante a superioridade benfiquista em todo o jogo.

A segunda mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões realiza-se na próxima terça-feira, no Estádio da Luz.

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