Costa quer PS a ganhar todas as câmaras do distrito do Porto
Secretário-geral foi a Vila do Conde apresentar os 18 candidatos do distrito e agradecer aos autarcas pelo empenho na resposta à pandemia. “Foram imprescindíveis”.
O secretário-geral do PS, António Costa, foi esta sexta-feira a Vila do Conde puxar pela auto-estima dos candidatos a presidente de câmara do distrito do Porto e pedir uma maioria mais confortável nas eleições autárquicas de Setembro.
“O PS é desde há muitos anos o maior partido autárquico em Portugal e o que nos anima e motiva é vencermos outra vez as eleições autárquicas, não apenas nos 11 concelhos da Área Metropolitana do Porto, mas nos 18 que fazem parte do distrito”, pediu António Costa.
O líder socialista não foi a Vila do Conde só para falar só de eleições autárquicas e de metas eleitorais. Aproveitou a sessão ao ar livre para destacar o crescimento de 4,9% do Produto Interno Bruto no segundo trimestre do ano face ao trimestre anterior. “Os sinais de recuperação são animadores. Há que prosseguir e continuar a trabalhar”, defendeu. Antes Costa aludira à difícil situação que o país atravessou ao longo de um ano e meio por causa da pandemia e quis mostrar que “o político não existe só para fazer aquilo que sonha fazer”.
Dirigindo-se aos autarcas, António Costa elogiou-os e assinalou o seu envolvimento na resposta à pandemia de covid-19.” Foram imprescindíveis”, disse, aproveitando para beliscar o Governo de Pedro Passos Coelho ao afirmar que uma crise desta dimensão “não se resolve com austeridade, mas sim com solidariedade”.
Já o candidato do PS a Vila do Conde, Vítor Costa, colocou a tónica no papel que os municípios devem assumir num “tempo de profundas mudanças sociais, culturais ambientais e económicas”. “Nestas eleições colocam-se opções entre velhos paradigmas e uma nova visão do presente e do futuro. Mais do que reagir é agir proactivamente inventando, descobrindo e desenhando estratégias de futuro”, declarou o candidato que quer tirar a Câmara de Vila do Conde à independente Elisa Ferraz.
Para Vítor Costa, o maior desafio dos autarcas “é assumir a gestão inteligente da organização câmara municipal e do território. Gestão inteligente que possa ser um bom exemplo para as empresas e as instituições. Gestão inteligentes que está muito para além das Smart Cities ou do uso dos meios tecnológicos”.
Sem deixar de tocar numa das questões mais sensíveis que os vila-condenses enfrentam – o preço da água – Vítor Costa deixou uma reflexão: “Eu sei que no nosso PS, lutamos para que na política portuguesa haja menos Maquiavel e mais Erasmus. Menos jogo político e mais política como arte e ética. Menos interesses partidários e mais interesses das pessoas. Menos visões imediatistas e mais estratégia. Menos vaidades e mais coragem e humildade”.
E fez uma segunda investida. “É preciso repetir de que lado estamos: Estamos do lado de Erasmus de Roterdão quando defende a política como um serviço ao povo com referência morais e éticas em busca do bem-estar comum. Estamos do lado das pessoas, das suas necessidades e interesses prestando atenção aos que mais precisam. Estamos do lado dos que sabem e defendem que a política sem seriedade, sem trabalho com espírito de serviço e de missão e sem competência é o maior dos embustes, por mais maquilhagem que se use”.
Os 18 candidatos subscreveram um compromisso distrital em cinco áreas consideradas fundamentais: mobilidade, transportes e bilhética; ambiente e sustentabilidade; fundos estruturais; educação , formação e emprego, e habitação e coesão social