Covid-19: Israel vai dar terceira dose da vacina da Pfizer a maiores de 60 anos
A farmacêutica defendeu esta quarta-feira que uma terceira dose da vacina pode aumentar “fortemente” a protecção contra a variante Delta do novo coronavírus.
Israel vai começar a dar uma terceira dose da vacina contra a covid-19 da Pfizer-Biontech a pessoas com mais de 60 anos a partir deste domingo, avançou a imprensa local esta quinta-feira.
Numa tentativa de travar a propagação da variante Delta do novo coronavírus, o país volta a ser um modelo de teste para o reforço da vacinação contra a doença, mesmo antes da aprovação pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA de uma terceira dose do fármaco.
Na quarta-feira, a Pfizer disse que uma terceira dose da vacina pode aumentar “fortemente” a protecção contra a variante Delta. As conclusões, citadas pela CNN, apontam que o nível de anticorpos capazes de combater a variante Delta do vírus quintuplica em pessoas entre os 18 e 55 anos após a terceira inoculação com esta vacina.
Na faixa etária entre os 65 e os 85 anos, a Pfizer indica que os níveis de anticorpos aumentaram 11 vezes.
A farmacêutica colocou, por isso, em aberto a hipótese de vir a solicitar a autorização de emergência nos Estados Unidos para doses de reforço já em Agosto.
O ministério da Saúde israelita já tinha dito que faria um anúncio oficial sobre uma possível campanha de reforço da vacinação ao final do dia desta quinta-feira.
Na semana passada, o regulador nacional do medicamento afastou a necessidade de reforço da vacinação contra a covid-19 com uma eventual terceira dose, no dia em que Espanha anunciou que vai avançar com a medida.
Num esclarecimento sobre a terceira dose e novos contratos de vacinas para a covid-19, o Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde referia que “a informação disponível até à data não permite concluir sobre a necessidade, e momento, de realização de reforço vacinal, prevendo-se, portanto, o esquema vacinal aprovado na Autorização de Introdução no Mercado atribuída pela Agência Europeia de Medicamentos”. Com Lusa