Festival O Sol da Caparica adiado para 2022
O agravamento da pandemia de covid-19 levou a organização do festival a adiar a 7.ª edição, que devia arrancar a 12 de Agosto no Parque Urbano da Costa da Caparica
A 7.ª edição do festival O Sol da Caparica, que deveria realizar-se entre os próximos dias 12 e 15 de Agosto na Costa da Caparica, no concelho de Almada, foi adiada para 2022 devido à “nova vaga pandémica”, anunciou esta sexta-feira a organização.
Visto que a “situação pandémica se mantém, sendo o futuro próximo imprevisível”, os promotores da iniciativa, o Grupo Chiado e a Câmara Municipal de Almada, consideram “não estarem reunidas as condições essenciais para a realização não apenas dos espectáculos musicais, mas também de toda a envolvente de experiências e interacção entre os espectadores, caracterizadoras do espírito do Sol da Caparica, assim como as iniciativas culturais e desportivas sempre presentes no festival”.
No mesmo comunicado, adianta-se que o festival irá decorrer entre os dias 11 e 14 de Agosto de 2022, no Parque Urbano da Costa da Caparica, e que todos os bilhetes já adquiridos para a edição agora cancelada são válidos para esta próxima edição sem necessidade de troca ou emissão de um novo bilhete. A organização lembra ainda que aqueles que optem por ser reembolsados deverão fazê-lo, de acordo com a legislação em vigor, nos primeiros 14 dias úteis após a data inicialmente prevista para o arranque do festival (12 de Agosto).
Esta 7.ª edição começou por ser programada para 2020, mas fora adiada para este ano devido à pandemia da covid-19. A organização garante que, após estes dois adiamentos, tudo irá fazer, em 2022, “para compensar” o público, oferecendo “uma edição incrível e inesquecível com muita música lusófona”.
Este ano actuariam no festival, entre outros, António Zambujo, Clã, Fernando Daniel, Orelha Negra, Anselmo Ralph, Diogo Piçarra, HMB, Mão Morta, Moonspell, Plutónio e ProfJam.
O Verão de 2020 decorreu sem os festivais de música, devido à pandemia, com a associação do sector a estimar para 2020 uma perda de cerca de 1,6 mil milhões de euros, em relação aos dois mil milhões originados em 2019. Este ano, por causa das restrições para limitar a propagação da covid-19, pela situação pandémica noutros países, pelos diferenciados ritmos de vacinação e pela falta de clarificação das regras de realização deste tipo de eventos, foram já novamente adiados vários festivais de música, entre os quais o CoolJazz (em Cascais), o Alive (Oeiras), o Rock in Rio Lisboa, o SBSR (Sesimbra), o Bons Sons (Tomar), o Primavera Sound (Porto), o Boom Festival (Idanha-a-Nova), o Barroselas Metalfest, o Músicas do Mundo de Sines, o Gouveia Art Rock, o Rolling Loud (Portimão), o Summer Fest (Ericeira, Mafra), o Amplifest (Porto), o Lisb-ON (Lisboa), o Vilar de Mouros (Caminha) e o Neopop (Viana do Castelo).
Entre Abril e Maio foram realizados quatro eventos-piloto em Braga, Coimbra e Lisboa, com plateia sentada e em pé, e com a realização prévia de testes de diagnóstico gratuitos aos espectadores, em colaboração com a Cruz Vermelha Portuguesa. O objectivo era definir, segundo o Governo, “novas orientações técnicas e a realização de testes de diagnóstico de SARS-CoV-2 para a realização de espectáculos e festivais”, mas ainda não são conhecidos os resultados destas iniciativas.