A DS nasceu em 2014, saindo de debaixo da asa da Citroën para se afirmar como emblema premium do Grupo PSA. De então para cá, conseguiu impressionar com o pequeno utilitário DS 3 Crossback e com o DS 7 Crossback (SUV Compacto do Ano em 2019), tendo já este ano lançado aquele que será o seu navio-almirante: o requintado DS 9.
Porém, apesar da boa recepção de qualquer um destes modelos, quer pelos meios especializados, quer pelo mercado, faltava à DS um automóvel para fazer números. É aqui que encaixa o novo DS 4, berlina com trejeitos de SUV coupé, que pisca ainda o olho aos mais afoitos, com uma gama Performance Line, e aos mais aventureiros, com um visual Cross (e que pode ser equipado com o sistema de controlo de tracção para enfrentar caminhos tortuosos). O carro, cujas primeiras unidades deverão chegar no final do ano, poderá ser encomendado online já nos próximos dias — os preços arrancam nos 30 mil euros.
Ainda assim, há propostas para quem valoriza as edições limitadas que costumam acompanhar o lançamento de novos modelos: o DS 4 La Première, recheado de equipamento, está disponível com o mesmo bloco a gasolina 1.6 PureTech em três declinações: 180cv (46.100€), 225cv (48.700€) e o híbrido plug-in E-Tense 225 (51.000€), que reúne aquele na versão de 180cv a um motor eléctrico de 81 kW.
No caso do último grupo propulsor, cujos preços começam nos 38.500€ na versão menos apetrechada de mimos, a marca anuncia uma autonomia eléctrica de até 55 quilómetros segundo homologação WLTP, o que lhe permite beneficiar dos incentivos fiscais associados a este tipo de motorização. Aquela autonomia é garantida por uma bateria de 12,4 kWh, mas o que mais se destaca na mecânica é o facto de a DS ter aproveitado a experiência na Fórmula E, na qual corre com o piloto português António Félix da Costa, para capacitar o modelo de uma dinâmica que garante estar muito interessante: graças a uma potência combinada de 225cv associada a um binário máximo de 360 Nm, acelera de 0 a 100 km/h em 7,7 segundos. Em termos de eficiência, anuncia-se um consumo de 1,3 litros/100 km e emissões de CO2 de 29 g/km.
A aposta na electrificação não significa, no entanto, que os combustíveis fósseis sejam já abandonados (ainda que o tenham que vir a ser a médio prazo), sendo o DS 4 também servido a gasolina e a gasóleo. No caso dos primeiros, a aposta recai sobre dois blocos: o 1.2 PureTech de 130cv (desde 30.000€) e o 1.6 PureTech de 180 (a partir de 35.500€) ou 225cv (desde 43.700€). A diesel, apenas uma mecânica: o equilibrado 1.6 BlueHDi com 130cv, cujos preços arrancam nos 33.800€. Em comum, são todos propostos com uma caixa automática de 8 relações.
Design carismático, tecnologia de ponta
Se no design o DS4 se distingue facilmente pelas linhas marcantes, sublinhadas por proporções que, compactas (comprimento de 4,4m e altura de 1,49m), conseguem revelar elegância, potência ou um espírito aventureiro, dependendo da finalização que se desejar: DS 4, DS 4 Performance Line ou DS 4 Cross. Comum a todos eles, uma frente onde se destaca uma nova assinatura luminosa, assente em tecnologia Matrix LED. Já as dimensões da grelha, de duas peças e com motivos em pontas de diamante, permitem distinguir cada uma das versões.
Mas o grande trunfo deste DS 4 poderá assentar nas tecnologias de segurança e de apoio à condução, tendo ido buscar equipamentos às gamas mais altas da marca. É o caso de um head-up display que projecta a informação directamente na estrada, que a DS reclama ser um sistema inédito no segmento, ou de um controlo por voz e gestos cada vez mais fácil de usar.
Na segurança, o DS 4 chega com condução semiautónoma de nível 2, que inclui cruise control adaptativo, capacidade de parar e voltar a arrancar em situações de congestionamento e posicionamento no centro da faixa de rodagem. Em 2022, haverá uma evolução com melhorias em três funcionalidades: ultrapassagem semiautomática, adaptação da velocidade em curva e aviso antecipado da velocidade exibida nos sinais de trânsito.