Covid-19. Variante Delta responsável por 100% das infeções no Alentejo, Açores e Madeira

A variante Delta mantém-se dominante em todas as regiões do país, sendo responsável por 94,8% das infecções em Portugal. A variante Alfa representa agora apenas 4,4% dos casos, e tanto a Beta como a Gama mantêm uma frequência reduzida.

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A variante Delta do novo coronavírus continua a ser “dominante em todas as regiões” do país Paulo Pimenta

A variante Delta do vírus SARS-CoV-2 é responsável por 94,8% dos casos de infecção em Portugal e já atinge uma prevalência de 100% no Alentejo, nos Açores e na Madeira, indicam os dados do Insa.

Segundo o relatório sobre a diversidade genética do novo coronavírus do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Insa) divulgado esta terça-feira, esta variante associada à Índia continua a ser “dominante em todas as regiões” do país.

Em Lisboa e Vale do Tejo, a Delta foi, entre 5 e 11 de Julho, responsável por 97,2% dos casos de infecção, enquanto no Norte a prevalência foi de 87%, no Centro de 96,3% e no Algarve de 94,1%, refere o Insa.

O relatório acrescenta ainda que a mutação adicional desta variante conhecida por Delta Plus tem apresentado uma tendência decrescente, não tendo sido detectado qualquer caso nas últimas duas semanas para além dos 56 já registados anteriormente.

Quanto à variante Alfa, associada ao Reino Unido e que já foi a predominante em Portugal, representa agora apenas 4,4% dos casos de infecção no país.

De acordo com o Insa, a frequência das variantes Beta e Gama, originárias da África do Sul e do Brasil, respectivamente, mantém-se baixa e sem tendência crescente, e não se registou em Portugal qualquer caso da Lambda, variante que apresenta uma grande circulação no Peru e no Chile.

Desde em Abril de 2020, o Insa já analisou 11.929 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 295 concelhos de Portugal.

Em Junho, o instituto anunciou um reforço da vigilância das variantes do vírus que causa covid-19 em circulação em Portugal, através da sua monitorização em contínuo.

Esta nova estratégia permite uma melhor caracterização genética do SARS-CoV-2, uma vez que os dados serão analisados continuamente, deixando de existir intervalos de tempo entre análises, que eram dedicados, essencialmente, a estudos específicos de caracterização genética solicitados pela saúde pública.

No âmbito desta monitorização contínua, o instituto tem analisado uma média de 570 sequências por semana desde o início de Junho, abrangendo uma média de 110 concelhos de todo o país por semana.