Três rockets caem perto do palácio presidencial do Afeganistão
Ataque, que não provocou vítimas, aconteceu durante as orações do Eid al-Adha, uma das datas mais importantes do calendário islâmico.
Três rockets caíram esta terça-feira perto do palácio presidencial em Cabul, capital do Afeganistão, tendo dois explodido, anunciou o Ministério do Interior, durante o período de orações no dia em que se iniciam os festejos do Eid al-Adha.
Os projécteis sobrevoaram a “zona verde” de alta segurança que abriga o palácio presidencial e várias embaixadas, incluindo a missão da ONU, seguindo-se explosões, que aconteceram pelas 8h (3h30 em Portugal Continental), de acordo com a agência de notícias AFP.
Pouco depois das explosões, o Presidente afegão, Ashraf Ghani, falou à televisão, em directo, por ocasião da festa muçulmana do Eid al-Adha, uma das cerimónias mais sagradas do islão, na presença dos principais responsáveis afegãos.
Em comunicado, o porta-voz do Ministério do Interior do Afeganistão, Mirwais Stanikzai, disse que o ataque não causou vítimas. Não foi imediatamente claro quem estaria por trás da acção.
“Os inimigos do Afeganistão lançaram um ataque com rockets em vários locais de Cabul. Um rocket caiu atrás da mesquita de Eid Gah, o segundo atrás do centro [comercial] de Gulbahar e o terceiro perto [do parque] de Chaman e Huzori”, disse, na mesma nota.
As três zonas estão situadas num raio de cerca de um quilómetro do palácio presidencial, que foi alvo de rockets várias vezes no passado, e mais recentemente em Dezembro do ano passado.
O ataque surge no primeiro dia do Eid al-Adha, ou Festival do Sacrifício, que dura quatro dias, após mais um fim-de-semana de conversações infrutíferas entre o Governo afegão e os rebeldes taliban, em Doha.
No início de Maio, os taliban lançaram uma ofensiva contra as forças afegãs, na sequência do início da retirada final das forças internacionais. Ao contrário do que fizeram em anos anteriores, este ano não decretaram uma trégua durante o Eid al-Adha.
Privadas do apoio norte-americano, as forças afegãs ofereceram pouca resistência e controlam agora pouco mais que as capitais de província e as principais estradas.