Banir ou não banir Harper Lee? “A literatura não pode ser um lugar ideologicamente higiénico”

A notícia de que uma escola na Escócia decidiu substituir o clássico Mataram a Cotovia por textos “menos problemáticos” volta a trazer à ordem do dia a reflexão sobre o papel do ensino e, nele, da literatura. A literatura deve incomodar, defendem académicos ouvidos pelo PÚBLICO.

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Mataram a Cotovia (To Kill a Mockingbird, no original) foi publicado em 1960 Nate Parsons/The Washington Post/Getty Images
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O romance de Harper Lee chegou ao cinema em 1962, com Gregory Peck e Brock Peters nos principais papéis DR

A notícia é recente, do início deste mês de Julho. O departamento de inglês da Escola Secundária James Gillespie, em Edimburgo, anunciou que vai retirar alguns clássicos do programa e substituí-los por “textos menos problemáticos”. Um dos livros a sair será o primeiro romance de Harper Lee, Mataram a Cotovia, publicado em 1960. Entre as razões apontadas está o facto de promover a ideia do “salvador branco” e de conter 40 ocorrências da chamada N word.

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