A Malhadinha Nova em busca da sustentável leveza do luxo
Junto à Albernoa, no concelho de Beja, o projecto da Herdade da Malhadinha Nova celebra duas décadas de trabalho entre o turismo, os vinhos, a agricultura e a criação de gado: atingiu “a maioridade”. Aposta na sustentabilidade e no biológico, no tempo e no espaço: são seis alojamentos de topo numa propriedade com 455 hectares.
Amanhece. Espero os primeiros raios de Sol aquecerem a água. A piscina é toda minha, todo o Alentejo parece meu, do alto desta Casa do Ancoradouro, um “monte” inspirado na terra e na sua cor, pavimento criado pelo mestre de Beringel a partir deste mesmo chão em que estamos, que, com mais traços alentejanos, se mescla com peças de design de topo internacional ou um centenário piano de cauda Steinway e um icónico candeeiro de Marcel Wanders. O pequeno-almoço rico espera-me ao lado da água, a passarada é a banda sonora, tudo à volta é campo aberto: além a beleza das vinhas, ali a ribeira, a muita distância outras casas. Mergulho nesta piscina infinita alentejana, volto à tona e bebo o cenário. Umas andorinhas cruzam os céus frente aos meus olhos. O que é o luxo? Na Herdade da Malhadinha Nova, 20 anos depois da estreia, o luxo é todo este espaço e todo este tempo. Não é barato, nunca fica por menos de umas centenas de euros por noite, até muito mais, num dos 30 quartos em seis alojamentos – uma grande expansão recente: eram só dez quartos.
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