Morreu Graham Vick, encenador de ópera visionário, subversivo, humanista

Um dos grandes nomes da ópera do nosso tempo, lutou pela sua democratização e por fazer dela fonte de diálogo consequente com o mundo contemporâneo. Revolucionou, por exemplo, a encenação de Wagner, como testemunhado na produção de O Anel do Nibelungo no São Carlos, em Lisboa, em 2006. Morreu em Londres, aos 67 anos.

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Apresentou o seu trabalho em todas as maiores salas de ópera do mundo, fundou a sua própria companhia, a Birmingham Opera Company, de que era director artístico e cujo trabalho de proximidade com a comunidade dava plena expressão à sua postura política e social e à visão artística e ética que tinha perante a ópera. Esse lado humanista, anti-elitista, é uma das marcas que atravessa o seu percurso. Outra, determinante, e que se tornou a sua assinatura, era o carácter experimental, subversivo dos cânones tradicionais, que impunha às suas produções, como Portugal testemunhou por diversas vezes, e nomeadamente na tetralogia wagneriana que trouxe ao Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa. O encenador britânico Graham Vick morreu aos 67 anos, em Londres, vítima de covid-19, noticia o diário italiano La Repubblica.

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