Cerca de meia centena de polícias exige subsídio de risco junto ao Conselho de Ministros

Vestido com camisolas pretas, os polícias exibem cartazes onde se lê “pelo subsídio de risco”, “não somos polícias de segunda”, “exigimos respeito” e “arriscamos a vida todos os dias”.

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LUSA/ANTÓNIO COTRIM

Cerca de meia centena de polícias estão esta quinta-feira de manhã concentrados em frente ao Palácio da Ajuda, em Lisboa, onde está a decorrer o Conselho de Ministros para exigirem um subsídio de risco “digno e justo”.

O protesto é convocado por uma plataforma constituída por associações socioprofissionais da GNR e sindicatos da PSP, mas na concentração estão presentes sobretudo elementos da Polícia de Segurança Pública.

Vestido com camisolas pretas, os polícias exibem cartazes onde se lê “pelo subsídio de risco”, “não somos polícias de segunda”, “exigimos respeito” e “arriscamos a vida todos os dias”.

Os elementos da PSP e da GNR contestam a proposta do subsídio de risco apresentada pelo Governo e exigem um suplemento no valor de 430,39 euros, valor idêntico atribuído a outras polícias, como os inspectores da Polícia Judiciária e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

As associações da GNR e os sindicatos da PSP têm marcada para hoje uma nova concentração, às 18:00, na Praça do Comércio, junto aos ministérios da Administração Interna e das Finanças, onde será entregue um memorando conjunto com as reivindicações.

O Ministério da Administração Interna (MAI) apresentou às estruturas da PSP e da GNR um novo suplemento por serviço de risco nas forças de segurança, que substituirá o actual suplemento por serviço nas forças de segurança, e contempla a majoração do valor consoante as funções desempenhadas pelos polícias.

De acordo com o MAI, a proposta para a componente fixa do suplemento por serviço nas forças de segurança (actualmente de 31 euros) prevê 100 euros por mês para os elementos em funções de ronda e patrulha, 90 euros para quem têm funções de comando e 80 euros para os restantes operacionais da PSP e GNR, significando, na prática, um aumento de 68, 59 e 48 euros respectivamente.