“No passado dia 19 de abril de 2021 este jornal publicou um artigo com o título, “Antigo gestor do Grupo Espírito Santo vai ser julgado nos EUA. Em Portugal não se sabe ainda”.

O texto da notícia padece de várias falsidades, facilmente desmentidas pela simples consulta dos processos que a sua autora revela ter consultado.

Assim, cumpre esclarecer, em primeiro lugar, que nunca fui “gestor do Grupo Espírito Santo”, uma vez que nunca sequer exerci quaisquer funções para empresas do Grupo Espírito Santo ou para o Banco Espírito Santo.

Na verdade, fui apenas trabalhador dependente de sociedade estrangeira que prestava serviços para empresas do Grupo Espírito Santo, facto que é absolutamente distinto do que é propalado na notícia por vós publicada.

Por outro lado, é também totalmente falso e facilmente desmentido pelo acesso aos processos referidos na notícia em causa que alguma vez tenha sido suspeito de crimes de corrupção, independentemente do local onde os mesmos possam ter ocorrido.

Em concreto, não sou nem nunca fui suspeito, em qualquer processo, da prática de alegados crimes de corrupção de políticos, gestores públicos ou empresários venezuelanos, factos que desconheço e nos quais, como é óbvio, não tive qualquer participação.

Aliás, a imputação da prática destes crimes a um funcionário de empresa prestadora de serviços e que não pertencia ao Grupo Espírito Santo sempre constituiria um completo e rematado absurdo.

Os factos que me são imputados no artigo põem em causa, não sei a mando de quem, o meu bom nome e têm em vista prejudicar o exercício do meu direito de defesa nos processos mencionados, sendo que sempre assumi e pretendo demonstrar ser inocente de qualquer imputação que me seja dirigida.

Por tudo isto, repudio de forma veemente todas as imputações e insinuações constantes do artigo em causa, exigindo a reposição da verdade, para salvaguarda da minha honra, reputação e bom nome.

Paulo Murta