A mente de Roger Ballen é uma prisão

É entre as grossas paredes de granito da antiga Cadeia da Relação do Porto, hoje Centro Português de Fotografia, que por estes dias se reúne parte da perturbadora obra que o fotógrafo norte-americano Roger Ballen produziu na África do Sul ao longo de 54 anos. My Mind is a Cage tem inauguração este sábado e fica no Porto até 10 de Outubro.

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Roger Ballen traz ao Porto uma exposição que reúne mais de meia centena de imagens Adriano Miranda

Os passos de Roger Ballen ecoam pelos corredores e pelas câmaras de granito que formaram, no passado, a casa forçada de criminosos e marginais da cidade do Porto. A sua obra, que repousa sobre as paredes das antigas celas, hoje transformadas em salas de exposição, está em perfeita consonância com o local: é sombria, fria, crua e impiedosa com quem as olha de frente. “Ao longo da minha carreira, visitei inúmeras prisões, asilos psiquiátricos, lugares estranhos. A estética do meu trabalho está profundamente relacionada com o conceito de prisão.” My Mind is a Cage, a exposição que este sábado se inaugura no Centro Português de Fotografia e ali fica até 10 de Outubro, reúne imagens que o fotógrafo norte-americano produziu ao longo de 54 anos de carreira na África do Sul, o país onde reside desde 1982.

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