Quatro mortos no “pior incêndio da história de Chipre”
UE accionou o Mecanismo de Protecção Civil para enviar aviões para ajudar o combate às chamas que queimam as encostas da cordilheira de Troodos desde sábado. O Presidente cipriota chamou-lhe uma “tragédia”.
Pelo menos quatro pessoas morreram devido ao enorme incêndio de Arakapas, à volta da cordilheira de Troodos, no Sudoeste de Chipre, que afecta seis comunidades nas encostas das serras e já é considerado como o pior da história do país.
Os mortos foram identificados como quatro trabalhadores egípcios de uma quinta na zona de Odou que foram encontrados mortos dentro de um veículo, segundo confirmou o ministro do Interior, Nicos Nourris.
“Tudo indica que estas são as quatro pessoas desaparecidas que estávamos à procura desde ontem [sábado]”, afirmou o ministro, citado pela BBC.
Nourris indica que as equipas já começaram as avaliações dos danos na manhã deste domingo e pediram aos voluntários que não se desloquem sozinhos para a zona.
O ministro adiantou que está em permanente contacto com o Presidente, Nicos Anastasiades, que visitou um centro de assistência na vila de Vavatsinia no domingo de manhã e tinha outras visitas na área afectada marcadas para a tarde.
Anastasiades chamou-lhe, no Twitter, uma tragédia” e disse que era “o maior incêndio desde 1974”, data da invasão da ilha pela Turquia, que acabou por levar à divisão em dois países.
O director do Departamento das Florestas, Charalambos Alexandrou, foi mais longe, em declarações às televisões locais que a BBC recolheu: “Este é o pior incêndio florestal da história de Chipre”.
O porta-voz do Governo cipriota, Marios Pelekanos, informou que este domingo as chamas já se encontram relativamente controladas dentro de um perímetro de segurança, mas há vários focos ainda activos.
“Somos optimistas, mas a situação continua a ser difícil”, declarou em conferência de imprensa, citado pelo Cyprus Mail. Pelekanos reiterou que os bombeiros estão a enfrentar uma situação complexa tendo em conta a orografia escarpada da zona.
No sábado, a Comissão Europeia activou o Mecanismo de Protecção Civil para enviar aviões de apoio às unidades aéreas cipriotas que deverão contar também com a ajuda de aeronaves israelitas.
A União Europeia também vai usar o seu satélite Copérnico para fazer uma avaliação dos danos.
A polícia cipriota prendeu, entretanto, um homem de 67 anos, suspeito de ter ateado o fogo. Uma testemunha viu o homem a deixar de carro a localidade de Arakapas, a nordeste de Limassol, na mesma altura em que o incêndio deflagrou no sábado. com Europa Press