O regresso de Clara Andermatt à morte como transformação
Passados 17 anos, a coreógrafa revisita O Canto do Cisne, uma das últimas peças dançadas pelo Ballet Gulbenkian. Agora, a remontagem cabe à CNB, com apresentações desta quinta-feira a 4 de Julho no Teatro Camões, e de 16 a 18 no Festival de Almada.
A cabeça da coreógrafa Clara Andermatt não estava no passado. Tinha em mãos um convite da Companhia Nacional de Bailado (CNB) — que transitara da direcção de Paulo Ribeiro para a de Sofia Campos — com vista à criação de uma nova peça. E estava ainda em conversações com a CNB, indecisa entre dedicar-se a uma forma mais pequena ou aproveitar esta “oportunidade de trabalhar com um elenco grande, que é muito apetecível”, quando a dupla Jonas & Lander a abordou com uma outra ideia completamente autónoma: a participação num festival dedicado à remontagem de peças fundamentais da dança portuguesa, de modo a mostrá-las a uma nova geração de público e de criadores. De início, Andermatt rejeitou essa possibilidade, uma vez que os próximos meses estariam ocupados com a criação para a CNB. Até que, de súbito, se lembrou de que a única hipótese de conciliar as duas propostas seria remontar na CNB O Canto do Cisne, uma das últimas coreografias apresentadas pelo extinto Ballet Gulbenkian. O festival acabou por não acontecer, mas o entusiasmo de Clara Andermatt e Sofia Campos em torno do projecto já estava em marcha e não admitia qualquer travão — e assim se mostra desta quinta-feira a 4 de Julho, no Teatro Camões, Lisboa, e de 16 a 18, no Teatro Joaquim Benite, Almada (Festival de Almada).
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