Covid-19: Marcelo defende que não se justifica “discurso alarmista fundamentalista”
Marcelo sublinha que internados nos cuidados intensivos continuam a um número inferior aos das linhas vermelhas.
O Presidente da República defendeu esta quarta-feira que, apesar da subida de novos casos de infecção com o novo coronavírus, não se justifica um “discurso alarmista fundamentalista”, tendo em conta os números de mortes e cuidados intensivos.
Em declarações aos jornalistas, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa quis deixar “uma nota sobre os números de hoje” de evolução da covid-19 em Portugal, para “mais uma vez” pedir que haja “cabeça fria”.
O chefe de Estado referiu que “o número de infectados subiu para cima de dois mil e, portanto, isso pode levar as pessoas a de repente entrarem num discurso alarmista e, por isso mesmo, um alarmismo digamos fundamentalista”.
“Chamo a atenção para o facto de que, apesar de tudo, o número de mortos desceu de ontem [terça-feira] para hoje, continua muito baixo. O número de cuidados intensivos subiu e está em valores de 120, muito longe dos valores que determinaram períodos difíceis e mais críticos entre nós”, acrescentou.
O Presidente da República realçou ainda que o número de pessoas internadas com covid-19 “está ligeiramente acima de 500, mas que significa também um número muito longe de números já vividos em Portugal”.
“Isto é, não é que não haja o dever de todos, nomeadamente os mais jovens, de estarem atentos nos seus comportamentos àquilo que é o seu relacionamento em sociedade. Outra coisa é entrar-se no discurso alarmista fundamentalista que se não justifica”, considerou.
Nas últimas 24 horas registaram-se em Portugal 2.362 novos casos de infecção com o novo coronavírus e morreram quatro pessoas doentes com covid-19, estão agora internadas 504 pessoas com covid-19 e 120 em cuidados intensivos, segundo a Direcção-Geral da Saúde (DGS).