Rui Tavares é o candidato do Livre à presidência da Câmara de Lisboa

Ao apresentar a sua candidatura às primárias, Rui Tavares propôs “quatro grandes missões para a habitação, os transportes, o trabalho e a cultura” em Lisboa.

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Rui Tavares fundou o Livre LUSA/PAULO NOVAIS

Rui Tavares, historiador e membro fundador do Livre, é o candidato do partido à presidência da Câmara de Lisboa nas próximas eleições autárquicas, foi anunciado esta sexta-feira.

Em comunicado, o Livre divulgou os resultados provisórios da segunda volta das primárias do partido para escolha dos candidatos às autárquicas deste ano, que por lei têm de se realizar entre Setembro e Outubro.

Nesta ronda das primárias, o Livre escolheu também os candidatos às Câmaras Municipais de Braga (Teresa Mota), Coimbra (Rui Mamede), Leiria (Filipe Honório) e Vila Real de Santo António (Marta Setúbal).

“Estes resultados são finais do apuramento das votações e, caso não sejam apresentadas reclamações no prazo regulamentar tornar-se-ão definitivos”, indica o partido na mesma nota.

Na sua apresentação de candidatura, disponível no site do partido, Rui Tavares propõe “quatro grandes missões para a habitação, os transportes, o trabalho e a cultura”.

Na habitação, Rui Tavares aponta que “Portugal é o país da Europa ocidental onde se vive com menos conforto, em particular térmico, dentro de casa — e Lisboa a capital na qual mais casas são mal isoladas ou climatizadas de forma menos eficiente”.

“Este é um problema com boas soluções sustentáveis, mas que a maior parte dos nossos concidadãos não consegue pagar. A nossa primeira missão é criar um programa de renovação das casas e locais de trabalho, dando emprego no curto prazo e que nos ajuda a atingir as metas de luta contra as alterações climáticas  em troca de habitação a preços acessíveis em imóveis cuja renovação tenha sido feita com financiamento público”, escreve.

No campo dos transportes, Tavares defende “um novo tipo de rede de transportes versátil, eléctrica, ponto-a-ponto e inclusiva”.

Já para o trabalho, a cultura e o lazer, o candidato quer “ideias novas para edifícios velhos: locais de teletrabalho de proximidade e centros culturais de bairro com possibilidade de uso por associações, pequenas empresas ou ONGs [Organizações Não-Governamentais]”.

Além de Rui Tavares, para a corrida à presidência da autarquia, actualmente liderada por Fernando Medina (PS), foram até agora anunciadas as candidaturas de Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), João Ferreira (CDU), Bruno Horta Soares (IL), Nuno Graciano (Chega), Beatriz Gomes Dias (BE), Tiago Matos Gomes (Volt) e Manuela Gonzaga (PAN).

A Câmara de Lisboa é composta por oito eleitos pelo PS (incluindo dos Cidadãos por Lisboa e do Lisboa é muita gente), um do BE (que tem um acordo de governação do concelho com os socialistas), quatro do CDS-PP, dois do PSD e dois da CDU.

De acordo com a lei, as eleições autárquicas têm de realizar-se entre 22 de Setembro e 14 de Outubro, mas a data ainda não foi anunciada pelo Governo.