Colapso de prédio em Miami: Biden aprova declaração de emergência na Florida
Depois de terem sido localizadas 110 pessoas, pelo menos 159 continuam desaparecidas e poderão estar debaixo dos escombros. Há quatro mortos confirmados e as autoridades começaram a recolher amostras de ADN dos familiares.
Quando 159 pessoas continuam desaparecidas, e as equipas de resgate procuram desesperadamente por sobreviventes nos escombros do prédio de 12 andares que desabou na quinta-feira em Surfside, uma cidade do condado de Miami, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou uma declaração de emergência para o estado da Florida e ordenou o envio de assistência federal para complementar a resposta local.
“A acção do Presidente autoriza o Departamento de Segurança Interna, a agência federal de emergência e protecção civil [FEMA], a coordenar todos os esforços de ajuda”, lê-se num comunicado da Casa Branca divulgado esta sexta-feira.
As equipas de resgate já vasculharam toneladas de escombros na quinta-feira em busca de sobreviventes depois do colapso de parte da torre de apartamentos à beira-mar em Surfside, uma cidade isolada na baía de Biscayne, perto de Miami, com 130 casas, das quais umas 80 estavam ocupadas. Dos destroços ouviram sons de batidas e outros ruídos, mas nenhuma voz.
Ainda na quinta-feira, 35 pessoas foram retiradas dos escombros, uma já sem vida; esta sexta-feira, avança a agência Reuters, o número de vítimas mortais subiu para quatro.
A mayor do condado Miami-Dade, Daniella Levine Cava, tinha dito anteriormente aos jornalistas que 99 pessoas continuavam desaparecidas, quando tinham passado 18 horas do desabamento. Mais tarde, revelou que o número de desaparecidos tinha aumentado para 159. Não é certo quantos indivíduos se encontravam no edifício na altura do acidente. Outras 110 pessoas foram entretanto localizadas e “declaradas seguras”.
Ao cair da noite, centenas de equipas de resgate com câmaras sonar e cães procuravam sobreviventes. Alguns bombeiros cavavam túneis num estacionamento subterrâneo do prédio num esforço para alcançar vítimas.
Em simultâneo, as autoridades já tinham começado a recolher amostras de ADN dos familiares dos desaparecidos, caso seja necessário identificar vítimas. Muitos aguardam por notícias num centro comunitário a alguns quarteirões do edifício.
Nicolas Fernandez diz que telefonou muitas vezes para os familiares desaparecidos, sempre sem resposta. “Acho que eles já não estão cá”, disse à televisão CBS. “Não quero ser pessimista, mas temos estado a ligar-lhes ininterruptamente.”
O complexo de apartamentos, construído em 1981, estava num processo de recertificação que requeria algumas obras. Por causa disso, e do prédio em construção nas imediações, tinha sido sujeito a várias inspecções recentes.
Actualizado às 13h57 com o número de mortos a subir para quatro