Portugal no vermelho: 129 casos de covid-19 por 100 mil habitantes, mais 1497 infecções e três mortes
É o maior aumento de casos em mais de quatro meses. Há menos 13 pessoas internadas (num total de 437) e menos uma pessoa em unidades de cuidados intensivos (são agora 100).
Portugal registou esta terça-feira mais três mortes por covid-19 e 1497 casos de infecção pelo SARS-CoV-2, de acordo com o boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS) divulgado nesta quarta-feira. É o maior registo diário de novos casos desde 20 de Fevereiro. O R(t) desceu ligeiramente, mas a incidência a nível nacional mantêm a tendência crescente: o índice de transmissibilidade é de 1,17 (estava em 1,18) e a incidência aumentou de 119,3 para 128,6 casos de infecção por 100 mil habitantes, a 14 dias.
Desde o início da pandemia, o número de infectados ascende agora a 868.323. O país soma um total de 17.077 vítimas mortais.
Em Lisboa e Vale do Tejo continuam a encontrar-se quase dois terços dos casos (64,4%). Segundo a DGS, foram identificados na terça-feira 964 infecções nesta região, o que representa o maior aumento diário desde 19 de Fevereiro, quando foram identificados 975 casos. Este valor ajudar a explicar o maior aumento no país em mais de quatro meses: a 20 de Fevereiro foram detectados 1570 novos casos. Foi também nesta região que se registaram as três mortes de terça-feira.
Há menos 13 pessoas internadas (num total de 437) e menos uma pessoa em unidades de cuidados intensivos (são agora 100). A descida nas hospitalizações é a mais acentuada desde o boletim de 1 de Junho, que dava conta de menos 15 doentes em enfermaria hospitalar que no dia anterior.
A DGS reporta no relatório de situação mais 860 recuperações, elevando o total de pessoas recuperadas para 822.234. Excluindo estes casos e os óbitos, há mais 634 casos activos em Portugal que no dia anterior. São agora cerca de 29 mil (29.012). Quer isto dizer que perto de 95% dos infectados recuperaram da doença, sendo que 3,3% dos casos ainda estão por resolver. Já a taxa de letalidade está abaixo dos 2% (1,97%).
Depois de Lisboa e Vale do Tejo, a região Norte foi a que registou maior número de casos, com mais 208. Segue-se o Algarve com 127, o Centro com 108, o Alentejo com 59, os Açores com 19 e a Madeira com 12 casos.
Relativamente aos valores da matriz de risco que guia o desconfinamento, Portugal está já na “zona vermelha”. O R(t) – índice de transmissibilidade, correspondente ao número de pessoas que são infectadas por alguém com o vírus activo – desceu para 1,17 a nível nacional, depois de na última actualização ter disparado de 1,14 para 1,18. O valor continental, que também subiu de 1,15 para 1,19, está agora em 1,18.
A incidência a nível nacional é agora de 128,6 casos de infecção por 100 mil habitantes a 14 dias (antes era de 119,3). Se considerarmos só os registos do continente, a incidência é agora de 129,6 (estava em 120,1). A matriz de risco é actualizada às segundas, quartas e sextas-feiras.