Miguel Oliveira foi o mais rápido nos treinos livres do GP da Alemanha

Piloto português tinha sido 12.º na sessão da manhã, mas fez o melhor tempo na sessão da tarde.

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Reuters/CIRO DE LUCA

Depois da vitória na Catalunha, o português Miguel Oliveira (KTM) foi esta sexta-feira o piloto mais rápido no somatório das duas primeiras sessões de treinos livres para o Grande Prémio da Alemanha de MotoGP, oitava prova do Mundial de velocidade de motociclismo, disputada no circuito de Sachsenring.

O piloto português está apurado directamente para a segunda fase da qualificação, a disputar sábado, mas terá ainda de o confirmar na terceira sessão de treinos livres.

Oliveira, que tinha sido 12.º na sessão da manhã, fez o melhor tempo à tarde, com a marca de 1m20,690s, cerca de dois segundos a menos do que o tempo realizado de manhã.

O piloto de Almada completou 14 voltas no primeiro treino e 21 no segundo, batendo o francês Fábio Quartararo (Yamaha) por 0,220 segundos. O espanhol Maverick Viñales (Yamaha) foi terceiro, a 0,333 segundos do piloto português.

O também espanhol Marc Márquez (Honda) começou o dia como o mais forte na primeira sessão, chegou a liderar a segunda, mas, à medida que os tempos iam baixando, já nos últimos minutos dos treinos livres, foi perdendo posições, até terminar no 12.º lugar, a cerca de meio segundo do piloto luso.

“Por agora, o meu objectivo é ir directo para a Q2 [segunda sessão de qualificação] e qualificar bem. Nesta pista pequena a posição de arranque é importante”, sublinhou o piloto de Almada.

Miguel Oliveira realçou a importância de conseguir um bom lugar na sessão de qualificação deste sábado.

“Temos de focar-nos numa boa posição de partida e usar o ritmo de corrida. Se partirmos de trás, será mais difícil progredir”.

O piloto português aponta o espanhol Marc Márquez (Honda) como “um dos favoritos à vitória na corrida”.

“Temos tentado perceber o que ele tem feito de diferente dos outros nesta pista, pois tem sido bem-sucedido. Há mais um punhado de pilotos que o podem desafiar e espero ser um deles”, disse.

O piloto de Almada chega a esta oitava jornada após um segundo lugar em Itália (Mugello) e uma vitória em Barcelona (Espanha), resultados que coincidem com a introdução de um novo quadro [chassis] na KTM.

No entanto, Miguel Oliveira lembra que os bons indicadores já eram anteriores a essa evolução.

“As melhorias que chegaram em Mugello ajudaram-nos a sobressair um pouco mais. Até lá, tivemos sempre bons indicadores de que a mota já estava muito perto dos bons resultados, tanto em treinos como em algumas corridas que não terminei”, frisou.

Por isso, Miguel Oliveira diz que “é um pouco enganador concluir” que só em Mugello é que começou a ter bons resultados.

“Num ano tão competitivo como este, com excelentes pilotos e máquinas cada vez mais próximas, torna-se cada vez mais importante apurar melhorias de cada detalhe. O que conseguir é o que se destaca mais”, concluiu.

Os pilotos em pista ficaram separados por 1,5 segundos, um dos resultados mais próximos nas últimas corridas.

Para já, Oliveira procura “velocidade em alguns sectores do circuito. Temos de encontrar algo mais para sermos mais competitivos. Precisamos de trabalhar um pouco a electrónica e a afinação geral”, apontou.

Miguel Oliveira considerou que “tem sido fundamental para conseguir virar a mota nas curvas e fazer a distância do GP de forma segura” as melhorias que permitiram trabalhar com o pneu macio na frente.

A qualificação será disputada com pneus macios, mas a decisão para a corrida será feita após a quarta sessão de treinos livres.