O espectáculo chama-se “Circum-Navegar” e esteve em cena entre 7 e 11 de Junho, no auditório Flor de Infesta. Foi produzido pela comunidade educativa da Escola de Segunda Oportunidade de Matosinhos (ESOM) e inspira-se na viagem de Fernão Magalhães. A saga que o navegador português viveu, há precisamente 500 anos, pode bem ser a metáfora perfeita do que tem sido a história das escolas de segunda oportunidade em Portugal. Uma luta constante de persistência e resiliência, sobretudo da ESOM, fundada em 2008, por Luís Mesquita, que navegou sozinha, durante anos, nas difíceis águas do sistema educativo português, remando contra a maré do abandono escolar de jovens. Um problema antigo, estrutural, que está longe de ficar resolvido, ainda que o país tenha conseguido mitigá-lo nos últimos anos, passando de uma taxa de desistência de 23%, em 2011, para 8,9%, em 2021. Nada, contudo, que impeça Portugal de continuar na cauda da Europa, sublinha Luís Mesquita.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.