Mediadores culturais: os precários que são o rosto das instituições
Estão “na linha da frente” de museus, fundações, teatros, monumentos. São estes trabalhadores, a maioria a recibos verdes, que estabelecem relações directas com os públicos e materializam aquilo que as organizações culturais proclamam ter como missão primordial, mas “onde não investem o suficiente”: a democratização do acesso à cultura. O Ípsilon ouviu mediadores e responsáveis de serviços educativos e encontrou uma classe profissional em que a precariedade é a regra — espelho de um sector cultural onde as más práticas laborais são um poço sem fundo.
Mais do que qualquer espectáculo, exposição ou festival, o grande acontecimento nas artes portuguesas das últimas duas temporadas tem sido o crescente movimento de reivindicação laboral dos trabalhadores da cultura, sejam eles do campo artístico, técnico-artístico, educativo ou logístico. A precariedade, os rendimentos baixos e irregulares e a desprotecção legal e social de muitos destes profissionais são problemas crónicos que a pandemia veio agravar, mas também expor e trazer para a praça pública.
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