JP defende novo modelo europeu de pescas baseado na dimensão do mar

Proposta da ‘jota’ do CDS assinala Dia Mundial dos Oceanos

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Os jovens do CDS saem em defesa da ideia de "nação marítima" Daniel Rocha

A Juventude Popular (JP) defende a transição para um novo modelo de quotas de pescas na União Europeia baseado na dimensão do mar de cada Estado-membro e não em função do histórico esforço de pesca como acontece actualmente. Esta é a principal proposta lançada pela JP, a ‘jota’ do CDS, na data em que se assinala o Dia Mundial dos Oceanos.

“Seria mais favorável porque o actual modelo tem por base a capacidade instalada de embarcações e a nossa economia não é tão desenvolvida”, afirma ao PÚBLICO o líder da JP, Francisco Camacho, acrescentando ainda que essa opção seria também “muito mais responsável do ponto de vista ambiental”.

O líder da JP diz compreender que existam quotas mas considera que estão pensadas “num modelo um pouco antiquado” e que uma alteração das regras seria “mais equilibrada”. “Portugal partilha mais responsabilidades ambientais, pelo que tem de ter, numa lógica de proximidade e preservação do seu território, quotas de pesca proporcionais ao seu espaço marítimo”, defende.

A proposta já foi revelada ao presidente do CDS (falta dar corpo aos mecanismos legais necessários para a poder concretizar) e será apresentada também ao eurodeputado Nuno Melo.

Em defesa da “nação marítima”, a JP defende ainda a inclusão dos temas do mar no ensino. “Defendemos sobretudo no ensino básico a existência de processos de sensibilização na formação para a cidadania”, refere Francisco Camacho.

As propostas resultam do trabalho de um fórum informal criado na JP que envolve agentes da sociedade civil ligados ao mar e à economia azul.

Como forma de assinalar o Dia Mundial dos Oceanos, Francisco Camacho e um grupo de dirigentes da JP acompanharam ontem a actividade de pescadores na zona de Cascais e foi também lançado um vídeo sobre a importância da preservação do mar.

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