A direita quer ter passado mas não quer ter futuro
Os quatro partidos de direita têm atualmente mais gozo nas discussões internas, em dissecar o passado, em pôr adesivos nas feridas psicológicas de 2015 que em (tentar) governar.
No encantamento assolapado que a direita dita tradicional tem pela nova direita alternativa, há vários pormenores – para além da repugnância ideológica que a primeira devia sentir pela segunda (mas não sente) – que me são incompreensíveis. Um é este simples: nunca vou entender por que diabo tanta gente de dois partidos políticos – o PSD e o CDS – se dedicou a promover outros dois – primeiro só a IL mas logo de seguida também o Chega – que lhe disputavam os mesmos eleitores e que, a crescer, seria à custa dos ingénuos beneméritos PSD e CDS. Claro que muitas destas pessoas eram (ou são) críticas das lideranças e estavam (ou estão) deliberadamente a trabalhar para maus resultados que tornem inevitáveis mudanças de líderes.
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