O mais recente crossover da marca sul-coreana chega pensado e fabricado de e para a Europa, a partir dos escritórios da marca na Alemanha, adopta um nome inspirado numa cidade francesa (Bayonne, no Sudoeste), mas pede que a palavra seja pronunciada à inglesa. E, além de parecer falar várias línguas, também promete tocar vários instrumentos e assim conquistar clientes de diferentes segmentos, ainda que a Hyundai recuse a ideia de canibalização.
O maior trunfo de todos do automóvel que chega a Portugal no fim do primeiro semestre: o preço — é proposto a partir de 20.200€, sem despesas de legalização e transporte. No entanto, já é possível concretizar negócio e reservar online. E, caso, até ao fim de Junho, se opte pelo financiamento e se tenha 3500€ para dar de entrada, o preço de lançamento é de 18.700€.
O Bayon, que integrará a gama SUV da Hyundai — que já conta com o grande Santa Fe, o bem-sucedido Tucson (o carro mais vendido da marca e o quarto SUV mais vendido em todo o mundo) e o familiar Kauai — chega como um veículo do segmento B, ainda que as suas dimensões exteriores (4,18m de comprimento) o coloquem coladinho aos citadinos e o generoso e versátil espaço interior (distância entre eixos de 2,58m, volumetria da mala de 411 litros e uma chapeleira que pode ser deslizada para a parte de trás do assento) possa confundi-lo com um carro do segmento C, dos familiares compactos.
Em termos de design, o Hyundai Bayon apropria-se da linguagem Sensuous Sportiness, visível desde logo pelo jogo de peças que forma a grelha dianteira, mas também nas linhas esculpidas do seu perfil. E na traseira, além de faróis em formato de seta, o recorte arrojado, que poderia ter tudo para correr mal, parece ter acertado no ponto exacto antes de isso acontecer.
Por dentro, além do já referido espaço para todos os ocupantes, em que os passageiros dianteiros usufruem de 1,072m de espaço para pernas e os passageiros traseiros de 88,2cm, sobressaem as soluções tecnológicas. O Display Audio de 8” inclui Android Auto e Apple CarPlay com conexão sem fios, e o painel de instrumentação é digital em toda a gama, com um ecrã de 10.25” a exibir diferentes grafismos, dependendo do modo de condução (Eco, Normal e Sport). Em termos de comodidade, há duas entradas USB à frente e uma atrás, o que possibilita o carregamento simultâneo de até 3 dispositivos. Uma das entradas da frente permite a transferência de dados, ligando o smartphone ao sistema do automóvel.
Já no capítulo da segurança, o Bayon integra a extensiva lista de equipamentos do programa Hyundai SmartSense: sistema de manutenção à faixa de rodagem, assistência de acompanhamento da faixa de rodagem, sistema de informação da velocidade máxima, sistema de controlo automático dos máximos, travagem autónoma de emergência com detecção de peões e ciclistas, alerta de fadiga do condutor e alerta de arranque do veículo dianteiro. Há ainda um sistema pouco comum: um alerta de passageiros nos bancos traseiros que é accionado quando o condutor sai da viatura.
Nas motorizações, a escolha não dá margem a grandes indecisões: uma única mecânica, do tricilíndrico a gasolina sobrealimentado 1.0 T-GDi, a debitar 100cv. À escolha do freguês, temos o tipo de transmissão: pode ser manual de seis velocidades (desde 20.200€) ou automática de dupla embraiagem e sete relações (a partir de 21.800€).