Luís Fazenda e José Gusmão saem da comissão política do BE, entra Mário Tomé

Lista de Catarina Martins ficou com 11 dos 16 lugares da comissão política.

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Mário Tomé, antigo líder da UDP, um dos partidos que deram origem ao Bloco de Esquerda LUSA/JOSE SENA GOULAO

Na nova Comissão Política do BE, eleita neste sábado pela mesa nacional, mantêm-se Catarina Martins, Pedro Filipe Soares e Marisa Matias e saem Luís Fazenda, Luís Monteiro e José Gusmão, entrando, entre os nomes pela moção E, Mário Tomé.

A mesa nacional do BE, que saiu da última reunião magna que decorreu no passado fim-de-semana em Matosinhos, elegeu a nova comissão política, que representa o novo equilíbrio de forças do órgão máximo entre convenções, com a lista de Catarina Martins a ficar com 11 dos 16 lugares da comissão política (que tinha na sua última composição um total de 18 membros).

Pela moção A, continuam neste órgão Catarina Martins, Fabian Figueiredo, Isabel Pires, Joana Mortágua, Jorge Costa, José Soeiro, Marco Mendonça, Mariana Mortágua, Marisa Matias e Pedro Filipe Soares, sendo a novidade da lista maioritária Leonor Rosas.

Entre as saídas da Comissão Política estão os nomes do fundador do BE Luís Fazenda, o eurodeputado José Gusmão, os deputados Luís Monteiro e Maria Manuel Rola e a ex-deputada Sandra Cunha.

Já a moção E elegeu o histórico Mário Tomé, para além de Ana Sofia Ligeiro e Bruno Candeias, três novidades neste órgão.

Pela moção N entra Miguel Oliveira e pela moção C mantém-se Luísa Santos.

De acordo com informação avançada pelo partido, este órgão foi eleito com 89% dos votos dos membros da mesa nacional presentes neste sábado.

De acordo com os estatutos, a comissão política do BE é o “órgão que assegura a direcção quotidiana” do partido, “nomeadamente a ligação com os seus grupos parlamentares nacional e europeu e a aplicação das deliberações da mesa nacional sobre a orientação política” dos eleitos. A comissão política elege um “secretariado nacional para tarefas de coordenação executiva”.

Na eleição que decorreu no último fim-de-semana, a lista da direcção conseguiu 54 dos 80 lugares da mesa nacional do BE, uma perda de 16 mandatos em relação a 2018, enquanto a moção E elegeu 17 lugares, tendo Catarina Martins sido reconduzida como coordenadora do partido.

A liderança de Catarina Martins apresentou uma lista de continuidade e sem grandes alterações e elegeu 54 mandatos para a mesa nacional, com 224 votos. Assim, Catarina Martins foi reconduzida como coordenadora nacional do BE, uma vez que lidera a lista mais votada à mesa nacional, o órgão máximo entre convenções.

A moção E, promovida pelos críticos do movimento Convergência - já constituído depois da última reunião magna -, conseguiu 68 votos, alcançando 17 mandatos a este órgão máximo entre convenções. Os restantes lugares da mesa nacional foram distribuídos da seguinte forma: a moção C com quatro lugares e a N com cinco.