Fado à janela nos bairros de Lisboa antecipa festival Santa Casa Alfama

Castelo, Alfama, Terreiro do Paço, Mouraria, Graça e Bairro Alto são os bairros que vão acolher os espectáculos, sempre pelas 17h, a partir de 11 de Junho e até dia 16 de Julho. O Santa Casa Alfama está marcado para Setembro e será dedicado a Carlos do Carmo.

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Alfama terá o seu fado à janela cantado por Artur Batalha, vencedor da Grande Noite do Fado em 1971 rui gaudencio

O Festival Santa Casa Alfama, que se realiza nos dias 24 e 25 de Setembro, em Lisboa, promove espectáculos de “fado à janela”, de 11 de Junho e 16 de Julho, nos “bairros mais emblemáticos da cidade”, anunciou a organização esta sexta-feira.

“Castelo, Alfama, Terreiro do Paço, Mouraria, Graça e Bairro Alto” são os bairros que vão acolher os espectáculos de “fado à janela”, sempre pelas 17h, a partir de 11 de Junho, no início do fim-de-semana chave do tradicional mês das Festas de Lisboa.

A série é aberta por Conceição Ribeiro, no dia 11, no Castelo, seguindo-se, no dia 18 de Junho, “o príncipe do Fado”, Artur Batalha, vencedor da Grande Noite do Fado no Coliseu dos Recreios, em 1971, que canta no “seu” bairro, Alfama, antecedendo o “fado à janela” de Maura Airez, no Terreiro do Paço, no dia 25 de Junho. No dia 2 de Julho Jaime Dias canta no bairro da Mouraria, seguindo-se, no dia 9, Pedro Galveias, na Graça, e, finalmente, no dia 16, Natalino de Jesus, com 35 anos de carreira, no Bairro Alto.

A nona edição do festival de fado Santa Casa Alfama, em Lisboa, realiza-se nos dias 24 e 25 de Setembro, e vai homenagear Carlos do Carmo, fadista que morreu no passado dia 1 de Janeiro, com todos os participantes a incluir um fado do repertório do cantor de Os putos, nas suas actuações.

Outra homenagem no palco principal do Santa Casa Alfama, virado ao rio Tejo, é um espectáculo, no dia 25, com produção do fadista Marco Rodrigues, que gravou com Carlos Carmo O Homem do Saldanha (de A.C. Firmino e Tiago Machado). Neste espectáculo vão participar Camané, Ricardo Ribeiro, Maria da Fé, Sara Correia, Paulo de Carvalho, autor de alguns temas do repertório de Carmo, como o supracitado Os putos, e o filho do fadista, Gil do Carmo, acompanhados pelos músicos José Manuel Neto, na guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença, na viola, e Marino de Freitas, na viola baixo.

No ano passado, o festival, por questões de segurança, em relação à pandemia, só teve 50% da lotação, mas este ano, “respeitando as regras sanitárias, como o uso de máscara, a colocação de postos de desinfectação e porque, sendo em final de Setembro, já se espera ter sido atingida a imunidade de grupo, a expectativa é que se possa atingir os 75% da lotação”, disse à agência Lusa o promotor Luís Montez, da organização, quando do anúncio do festival, no passado dia 20. Luís Montez disse que o festival “é uma oportunidade de conhecer um bairro histórico da capital com a sua melhor banda sonora: o fado, género popular e transversal”.

O terminal de cruzeiros é um dos palcos onde se realizará uma exposição sobre Carlos do Carmo, em parceria com o Museu do Fado, sendo exibido na fachada um espectáculo de videomapping sobre o cantor de Canoas do TejoTrem desmantelado, Bairro Alto, Fado dos Cheirinhos, Fado do Campo Grande, Fado Excursionista, Pontas Soltas, Lisboa, Menina e Moça, desde a sua morte hino da cidade, são alguns dos êxitos de Carlos do Carmo.

Da programação do festival também já é conhecida a participação do jovem fadista Miguel Moura, que foi uma das presenças no Palco Futuro, na edição de 2020. O festival tem uma lotação prevista de 4.000 pessoas. O preço do bilhete diário é de 20 euros e o passe para os dois dias custa 30 euros, se adquiridos até 30 de Agosto.

Sobem a 25 e 35 euros, respectivamente, entre 1 e 23 de Setembro, e a 30 e 40 euros, do mesmo modo, nos dias do festival.