Tartaruga descoberta nas Galápagos em 2019 é mesmo de espécie considerada extinta há 100 anos
Segundo o Equador, a tartaruga que foi encontrada em 2019 pertence a uma espécie extinta há 100 anos. Agora, o Parque Nacional das Galápagos reconfirma a sua existência e prepara uma expedição para salvar a espécie.
O Equador confirmou, esta terça-feira, 25 de Maio, que uma tartaruga gigante encontrada em 2019 nas ilhas Galápagos pertence a uma espécie considerada extinta há um século. O Parque Nacional das Galápagos está a preparar uma expedição para procurar mais tartarugas desta espécie, numa tentativa de a conseguir salvar.
A tartaruga foi encontrada há dois anos na ilha Fernandina, uma das ilhas mais jovens e imaculadas do arquipélago, durante uma expedição do Parque Nacional das Galápagos e da associação Galápagos Conservancy.
Os cientistas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, identificaram a tartaruga como sendo da espécie Chelonoidis phantasticus, considerada extinta há mais de um século. “A Universidade de Yale revelou os resultados dos estudos genéticos e a respectiva comparação do ADN que foi feita com uma amostra recolhida em 1906”, conta o Parque Nacional das Galápagos, numa declaração.
As Galápagos, que serviram de base à teoria do cientista britânico Charles Darwin sobre a evolução das espécies, no século XIX, acolhem inúmeras variedades de tartarugas que vivem em conjunto com flamingos, albatrozes e corvos-marinhos, bem como uma vasta flora e fauna em perigo de extinção.
“Acreditava-se estar extinta há mais de cem anos. [Agora] reconfirmamos a existência da mesma”, escreveu Gustavo Manrique, ministro do Ambiente do Equador, na sua conta no Twitter.
Segundo dados do Parque Nacional das Galápagos, a população actual de tartarugas-gigantes, de várias espécies, ronda as 60 mil. Uma delas, conhecida como Lonesome George, um macho da ilha Pinta famoso por ter sido o último da sua espécie e que morreu em 2012 sem deixar descendência.