Arquitectura: há cinco projectos portugueses entre os finalistas dos Prémios FAD

Pedro Domingos Arquitectos, Hugo Ferreira e Nuno Sousa, José Adrião Arquitectos, Ponto Atelier e José Miguel Rodrigues são os nomes portugueses finalistas do prémio que distingue a melhor arquitectura e interiores da Península Ibérica.

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Há cinco projectos portugueses entre os 21 finalistas dos Prémios FAD de Arquitectura e Interiores de 2021. São assinados por Pedro Domingos Arquitectos, Hugo Ferreira e Nuno Sousa, José Adrião Arquitectos, Ponto Atelier e José Miguel Rodrigues.

Na edição deste ano, a 63ª, foram submetidos 368 projectos, anunciou o prémio espanhol esta semana: 169 na categoria de Arquitectura, 114 de Interiores, 38 na de Cidade e Paisagem e 46 em Intervenções Efémeras. E há obras com autoria portuguesa que se destacaram.

Na categoria de Arquitectura, destaca-se o projecto Casa no Restelo, em Lisboa, do atelier Pedro Domingos Arquitectos. Segundo a justificação do júri no site oficial, “revela uma espacialidade interior elaborada, construída através de uma sequência que cruza constantemente os espaços interiores e exteriores, inter-relacionando-se o extenso programa habitacional”.

Casa no Restelo DR
Casa no Restelo DR
Casa no Restelo DR
Casa no Tâmega DR
Casa no Tâmega DR
Casa no Tâmega DR
Inbetween DR
Inbetween DR
Douradores DR
Douradores DR
Douradores DR
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Casa no Restelo DR

Na mesma categoria, é finalista o projecto Casa no Tâmega, em Marco de Canaveses, dos arquitectos Hugo Ferreira e Nuno Sousa. Para o júri, importou nesta obra “a forma como a extroversão e a complexidade primária dos espaços exteriores, geradas pela inserção da casa na topografia quase sem modificá-la, por oposição à introversão e simplicidade das habitações interiores, geram situações de uso sempre matizadas, diferente e em mudança”.

Na categoria de Interiores é finalista o escritório José Adrião Arquitectos, com o projecto Douradores, em Lisboa. A recuperação “dos valores históricos do edifício, que preserva as diferentes camadas e sobreposições de frescos nas paredes”, assim como “o equilíbrio entre a arquitectura original recuperada, a decoração das paredes antigas do século XIX, o uso de materiais actuais e a inserção das novas infra-estruturas técnicas” convenceram o painel de jurados, composto por Fabrizio Barozzi, Agnès Blanch, Daria de Seta, Manel Marín​, Pedro Matos Gameiro e Rosa Rull.

O pavilhão Inbetween, em Ponta Delgada, de Ponto Atelier é finalista na categoria Instalações Efémeras “pelo diálogo que estabelece com o seu ambiente: uma clareira verde, um invólucro puro e preto, protege, sem fechar totalmente, o conteúdo da exposição, e define um volume simples que consegue activar fortes contrapontos dialécticos”.

Na categoria Pensamento e Crítica, o livro Palladio e Moderno, de José Miguel Rodrigues, é um dos finalistas. Para o júri, o livro tem como ponto de interesse o “reconhecimento do termo ‘moderno’ como forma de actividade que mantém uma relação perfeita com a vida” e como acompanha diferentes obras e arquitectos ao longo da história da arquitectura”.

O Prémio FAD foi criado em 1958 e distingue os melhores projectos de arquitectura e design de interiores da Península Ibérica. Os vencedores são conhecidos em Junho. 

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