Talvez tenha sido um sonho ou um testemunho distante. Numa sala de aula, do ensino secundário, muitos alunos liam Os Maias de Eça de Queirós em tablets e telemóveis. Com máscaras sobre os rostos, olhavam as superfícies e murmuravam parágrafos num distraído enfado. Da professora, não havia sinais. Desaparecera. Triste e apocalíptica, a cena prolongava-se num rumor repetido e sombrio que trazia à memória — sem razão aparente — cenas de O Estado das Coisas (1982) de Wim Wendes e La Jetée (1982) Chris Marker. Felizmente, naquelas leituras escolares, ninguém parecia doente ou moribundo.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.