Três anos depois, recomeçam as obras no Mude

Museu fechou para obras em 2016 e desde então anda “fora de portas”, com exposições em vários locais da cidade. O prazo para os trabalhos é de dois anos.

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Localização do museu foi escolhida quando António Costa era presidente da câmara NUNO FERREIRA SANTOS / PUBLICO

Três anos depois de terem sido interrompidas, as obras de reabilitação do Museu do Design e da Moda (Mude), na Rua Augusta, em Lisboa, vão recomeçar em breve. A empreitada foi consignada esta quinta-feira à Teixeira Duarte por 10,7 milhões de euros, iniciando-se agora um prazo de dois anos para a conclusão dos trabalhos.

O Mude foi inaugurado em 2009 na antiga sede do Banco Nacional Ultramarino, em plena Baixa, e encerrou para obras em 2016, com vista a melhorar e alargar o projecto museológico e dotar o edifício de um restaurante com vista panorâmica sobre o centro histórico da cidade. Em 2018, porém, a reabilitação parou devido às dificuldades financeiras da construtora Soares da Costa, e o museu passou ao lado da grande vaga turística de Lisboa, tendo sido obrigado a mudar-se para “fora de portas”, com exposições em vários locais da cidade.

O contrato entre a empresa municipal SRU (responsável pela gestão das grandes empreitadas da Câmara de Lisboa) e a Teixeira Duarte foi assinado em Janeiro após um concurso público a que concorreram mais três construtoras. Tem um prazo de execução de 720 dias.

O Mude é o único museu municipal que não está sob a alçada da empresa municipal de cultura, a EGEAC, e tem na sua base a colecção de moda e design de Francisco Capelo, que a vendeu por cerca de 6,6 milhões de euros à autarquia em 2003, mas que entretanto se incompatibilizou com a câmara e com a directora do equipamento, Bárbara Coutinho.

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