Odemira: É tudo uma grande falta de Censo
O que não consta do(s) Censo(s) não existe, logo não é pessoa, logo, obviamente, não tem direito algum. Está, assim, o assunto resolvido, com a elegância e a brevidade que estas coisas inevitável e convenientemente exigem.
Os trabalhadores migrantes das estufas de Odemira sonham com as planícies secas ou floridas dos seus países de origem nesta época do ano. Com o pão, a escola, a casa que propiciarão às suas famílias com o dinheiro ganho no trabalho escravo ou quase que realizam nas mesmas estufas. Os seus sonhos, com a covid-19, ganharam os contornos do delírio associado à febre. Falta-lhes o ar nos quartos onde dormem a monte, por vezes com mais vinte outras pessoas.
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