Adiada e cancelada em 2020, remarcada para Março de 2021, adiada para Maio e agora de novo cancelada. A BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa volta a não se concretizar pelo segundo ano consecutivo devido à pandemia.
A decisão foi anunciada esta segunda-feira pela Fundação AIP, entidade organizadora através da Lisboa – Feiras Congressos e Eventos, uma vez que a actual situação pandémica “determina ainda fortes restrições na capacidade de mobilidade internacional”, o que “condicionaria fortemente a presença dos visitantes profissionais e expositores internacionais”, considerados “um dos pilares estruturais para o sucesso da BTL”.
Anunciada como “a maior e melhor feira de turismo do país”, ainda esteve agendada para o início de Março, mas o período de confinamento tinha determinado o adiamento do certame para este mês, de 12 a 16 de Maio, na esperança de “corresponder aos anseios e necessidades do sector do turismo”.
Agora, ouvidas as opiniões “dos diferentes parceiros e entidades públicas e privadas”, a fundação conclui que, “face ao actual cenário global da pandemia e dos seus impactos neste sector”, “continuam a não estar reunidas as melhores condições para poder assegurar, com o desejado sucesso, a realização da BTL em 2021”. A feira volta assim a ser adiada uma vez mais, estando agora prevista para 2022, entre os dias 16 e 20 de Março.
“Consciente do impacto desta difícil decisão”, a organização mostra-se “confiante” de que, no próximo ano, possa ser realizada “uma BTL ainda mais decisiva para a dinamização da promoção e realização de negócios no sector do turismo”.
Bolsa de férias em Portugal
Apesar de adiada a BTL, a Fundação AIP decidiu criar um evento especial em Junho, “considerando a evolução favorável da situação pandémica em Portugal, cujo novo quadro legal de referência vem permitir novamente a realização deste tipo de eventos”.
A Bolsa de Viagens powered by BTL decorre na FIL – Centro de Congressos e Exposições de Lisboa, no Parque das Nações, de 4 a 6 de Junho, e tem como foco “a venda de produtos e serviços turísticos ao cliente final”, “dirigido primordialmente ao consumidor português”. Tem entrada gratuita.
O evento visa “contribuir para o relançamento dos negócios no sector do turismo em Portugal, com particular incidência nas economias locais e na criação e preservação de postos de trabalho associados a este sector”, “possibilitando a venda directa dos seus produtos e serviços” e fomentando o país “enquanto o destino para se viajar em 2021”. “Consciente do difícil momento económico que atravessa a maioria das empresas deste sector”, acrescenta a organização em comunicado, foi criado um modelo especial que “permitirá que as empresas possam participar num contexto de custos controlados”.