Por sete milésimas de segundo, Lewis Hamilton não festejou no circuito de Portimão a 100.ª pole position da carreira, mas estará na primeira linha da grelha de partida este domingo para o Grande Prémio (GP) de Portugal de Fórmula 1 (Eleven 3, 15h). O vencedor da qualificação deste sábado foi o finlandês Valteri Bottas, colega de equipa do inglês na Mercedes.

“Óptimo trabalho do Valtteri e grande trabalho da equipa que conquistou a primeira fila. Temos de ficar felizes por isso”, sintetizou Hamilton no final, em declarações ao site da Fórmula 1 (F1).

Com um ponto de vantagem sobre Max Verstappen na classificação geral, ao final de duas provas disputadas, Hamilton vai procurar repetir no Algarve a vitória da temporada passada, ano em que amealhou o sétimo título mundial, igualando o recorde do alemão Michael Schumacher. Na estatística das pole positions, o britânico já é o melhor de sempre na modalidade, depois de ter ultrapassado o alemão precisamente em Portugal, há seis meses. Será uma questão de tempo até alcançar a marca redonda da centena.

Com condições meteorológicas adversas, face ao forte vento que se fez sentir no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), o tempo que levou Bottas ao primeiro lugar da linha de partida ficou a 1,7 segundos do registo de Hamilton nesta mesma pista, no final de Outubro de 2020, quando foi o mais rápido da qualificação. O finlandês assinou a 17.ª pole da sua carreira à segunda tentativa.

“É uma sensação boa estar na pole!”, congratulou-se Bottas no final ao site oficial da Fórmula 1. “Parece que faz já algum tempo… a classificação tem sido um ponto fraco para mim, mas estamos a trabalhar muito este fim-de-semana”, referiu, admitindo que irá partir de uma boa posição para tentar ganhar a sua primeira corrida da temporada.

O piloto da Mercedes ocupa a quinta posição da geral, a 28 pontos de Hamilton, depois de ter terminado em terceiro na estreia no Bahrein e ter abandonado o GP de Itália, há duas semanas, após um choque com George Russel (Williams). Foi um dos mais graves da carreira de Bottas, que mostrou em Portugal estar completamente recuperado.

Com grandes expectativas para a corrida do Algarve partirá também Verstappen, que quer dar continuidade ao recente triunfo em Itália. Com o terceiro melhor tempo da qualificação, o holandês terá ao seu lado, na segunda linha da grelha, o mexicano Sérgio Perez, seu colega de equipa da Red Bull.

“Foi muito difícil pilotar na qualificação”, admitiu Verstappen. “Estava a lutar para me segurar. Não é o ideal”, lamentou, assegurando que, apesar das adversidades, vai lutar pelo triunfo este domingo. “O terceiro lugar não é a melhor posição, atrás dos dois Mercedes, mas vamos tentar lutar contra eles na corrida, ver o que podemos fazer”, concluiu.

Atrás desta dupla estará o espanhol Carlos Sainz que bateu o seu companheiro de equipa da Ferrari Charles Leclerc (oitavo tempo) pela primeira vez numa qualificação. “Foi uma classificação difícil, como sempre nesta pista, onde sopra sempre um vento muito forte”, concluiu Sainz, que parece cada vez mais adaptado ao monolugar da mítica escuderia italiana.

Sem grandes motivos para sorrir ficou o seu compatriota e bicampeão mundial (2005 e 2006) Fernando Alonso, que regressou este ano à F1. Em Portugal, o asturiano registou apenas o 13.º tempo na qualificação aos comandos do seu Alpine, o nome que a equipa da Renault adoptou este ano.

Outra desilusão foi a prestação do australiano Daniel Ricciardo, eliminado logo na primeira sessão de qualificação (Q1), apesar de o seu McLaren ser um dos carros mais rápidos neste campeonato. Irá partir do 16.º lugar.