Queixas sobre energia subiram 69% no primeiro trimestre

A entidade reguladora recebeu mais 4206 reclamações no primeiro trimestre de 2021, num total de 10.317, essencialmente sobre o sector eléctrico e temas de facturação, contratação, e qualidade de serviço técnico.

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NELSON GARRIDO

As reclamações sobre serviços de energia quase duplicaram no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o primeiro trimestre de 2020. De acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), até ao final de Março houve registo de 10.317 reclamações, verificando-se um aumento de 69% face às 6111 reclamações do trimestre homólogo.

Comparativamente ao último trimestre de 2020, em que foram recebidas 6770 reclamações, o crescimento foi de 52%, indica a ERSE no seu boletim de apoio ao consumidor de energia, relativo aos três primeiros meses do ano.

O maior número de reclamações dirige-se ao sector da electricidade (7937 reclamações) e, neste caso, é a entidade com maior número de clientes no sector residencial que recolhe maior número de queixas: a EDP Comercial passou de um total de 2532 queixas no primeiro trimestre de 2020, para 3722 no mesmo período deste ano (mais 1190).

Da mesma forma, a E-Redes, o operador da rede de distribuição (antiga EDP Distribuição), que serve a grande maioria dos consumidores, havia registado 1114 queixas entre Janeiro e Março de 2020, mas no mesmo período deste ano motivou 2429 queixas (mais 1315 face ao homólogo).

Os temas mais reclamados “pelos consumidores de electricidade são a facturação, o contrato de fornecimento e as questões relativas à qualidade de serviço técnico”. Quanto ao gás natural (540 queixas) e fornecimento dual (electricidade e gás natural, 1488 queixas), as queixas incidem essencialmente sobre os “temas da facturação, seguindo-se os da contratação”.

O número de pedidos de informação recebidos na ERSE também subiu no primeiro trimestre deste ano, passando de 455 para 737, com um crescimento homólogo de 62% (face ao quarto trimestre de 2020, o crescimento foi de 72%).

Neste caso, as dúvidas dos consumidores no sector do fornecimento dual principalmente sobre “temas da facturação e do contrato de fornecimento”. Relativamente aos consumidores de electricidade e de gás natural, “as questões incidem mais sobre as tarifas e preços e outros temas”, como mudança do comercializador ou qualidade do serviço.

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