Não precisas de ser um ás da tecnologia para te candidatares a estas bolsas
A Zomato e a Ironhack lançaram “um extenso programas de bolsas” com um valor global de 132 mil euros. Há mais de 100 vagas em cursos do mundo digital. As candidaturas estão abertas até 5 de Maio. Duas das bolsas são totalmente financiadas pelas empresas organizadoras.
Quando a tecnologia e a restauração se unem em prol da literacia digital, surgem oportunidades para se crescer em diversas áreas através da educação tecnológica. E há espaço para todos: mais novos, mais velhos, de todas as áreas de formação, com mais ou menos domínio sobre o mundo digital. O que importa é “ter vontade de aprender”, diz Munique Martins, responsável do Campus de Lisboa da Ironhack, uma escola internacional especializada em bootcamps tecnológicos. A escola juntou-se à Zomato, a aplicação que permite descobrir restaurantes (e não só) para satisfazer a gula; juntas, lançaram “um extenso programa de bolsas” com um valor global de 132 mil euros. São, ao todo, mais de 100 vagas para cursos de desenvolvimento web, UX/ UI design, análise de dados e cibersegurança.
As candidaturas estão abertas até 5 de Maio no site da Ironhack. Apesar de ser sempre garantido que o número de bolsas será mais de 100, o mesmo não se aplica ao tipo de bolsas que o candidato poderá conquistar. Ou seja: há diferentes tipos de bolsas. Estipulada está a atribuição de duas em que o valor do curso, que custa 6 mil euros, é totalmente financiado; já no caso de outras três bolsas, a Ironhack e a Zomato asseguram o pagamento de metade desse valor. “O restante valor será dividido em vários apoios mais pequenos que cobrem 20% do custo do curso, ainda que o restante valor possa ser financiado”, lê-se em nota de imprensa alusiva ao lançamento destas oportunidades. O bootcamp poderá ser realizado em regime full-time, durante nove semanas, ou em part-time, ao longo de 24 semanas, de forma presencial no campus de Lisboa.
O que se deve fazer, então, para conquistar estas bolsas (especialmente as duas totalmente financiadas)? “É muito importante acreditarem na capacidade de mudar, aprender e continuar. O interesse na tecnologia ou em qualquer uma das áreas dos cursos é muito importante”, aponta Munique, que prefere valorizar “as soft skills” dos candidatos. É por essa razão que, aquando o preenchimento do formulário, não há um campo destinado à recepção do currículo: “Nem toda a gente sabe fazer um bom currículo. Queremos dar uma chance para todos.” Mas, depois da submissão, há uma “prova de aptidão técnica, de lógica, adaptada para cada curso”. “Não é preciso conhecimentos técnicos, mas sim de lógica. Depois de se passar nesse teste, temos uma entrevista pessoal, para perceber de onde vêm as pessoas e para perceber se estão alinhadas com aquilo que é o bootcamp”, acrescenta.
Não importa a idade; Munique conta que, na primeira edição deste programa, “boa parte dos candidatos eram pessoas mais velhas”, havendo alunos “nos seus 50 ou mais anos”. E vinham de várias áreas académicas: antropologia, saúde, música ou restauração. Nessa edição, que foi lançada em 2019 e que decorreu ao longo de 2020, participaram 57 alunos. De acordo com os dados da Ironhack e da Zomato, “cerca de 93% dos alunos formados” nesse programa “estão empregados”. “Os restantes ou voltaram a estudar ou regressaram ao antigo emprego ou abriram um negócio próprio”, lê-se ainda. E “houve quem arranjasse emprego um mês depois do fim da formação”, lembra Munique.