Condenada a 25 anos de prisão uma das mulheres acusadas de matar homem no Algarve

Tribunal deu como provado que Maria Malveiro matou Diogo Gonçalves, embora não tenha conseguido provar a participação no homicídio da outra arguida, Mariana Fonseca.

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Fernando Veludo/Arquivo

O Tribunal de Portimão condenou esta terça-feira a 25 anos de prisão uma das mulheres acusadas de matar um homem no Algarve e a quatro anos a outra, que vai ficar em liberdade até que a decisão transite em julgado.

Na leitura do acórdão, a presidente do colectivo que julgou o caso afirmou que o tribunal deu como provado que Maria Malveiro matou Diogo Gonçalves, embora não tenha conseguido provar a participação no homicídio da outra arguida, Mariana Fonseca.

O tribunal decidiu, assim, condenar Maria Malveiro a 25 anos de prisão, e Mariana Fonseca a quatro anos, decretando a sua restituição imediata à liberdade, já que os crimes que lhe são imputados não são passíveis de configurar a aplicação de prisão preventiva.

Mariana Fonseca, enfermeira, de 24 anos, e Maria Malveiro, segurança, de 20 anos, estavam acusadas dos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver, acesso ilegítimo, burla informática, roubo simples e uso de veículo.

As duas mulheres eram suspeitas de terem asfixiado Diogo Gonçalves até à morte na sua própria casa, em Algoz, Silves. O jovem informático conhecia as suspeitas, e Mariana Malveiro tinha trabalhado no mesmo estabelecimento hoteleiro onde este exercia funções de informático. Tinham uma relação de amizade próxima. 

O objectivo seria a apropriação dos cerca de 75 mil euros que a vítima tinha recebido de indemnização pela morte da mãe, que morreu em Julho de 2016 em Albufeira na sequência de um atropelamento e fuga dos condutores.

O corpo de Diogo Gonçalves foi transportado para a casa onde ambas viviam, tendo sido desmembrado entre 20 e 25 de Março. A 26 de Março, o corpo do jovem foi encontrado parcialmente embrulhado em plástico, sem braços nem pés, em Sagres. A cabeça foi encontrada a 150 quilómetros do resto do corpo por um casal de turistas franceses que passeava em Pego do Inferno, em Tavira.