Uma história “sem álibis nem omissões”
Pela minha parte, eu e muitos investigadores estamos disponíveis para “estudar o passado e nele dissecar tudo”. Mas “tudo” é tudo mesmo, e é importante que inclua, de uma vez por todas, aquilo que, por envolver crimes nunca julgados, o Estado e a maioria da sociedade nunca quis assumir.
Lamento mas, se chegou a haver alguma unanimidade quanto ao discurso de Marcelo Rebelo de Sousa no 25 de Abril, eu não me junto a ela. Por mais corajosa que possa ter parecido a atitude do homem que nos falou como filho de “governante na ditadura e no Império”, e que entende ser “prioritário assumir tudo, todo o passado, sem auto-justificações ou auto-contemplações globais indevidas”, deveria, ele que me desculpe, começar por si próprio.
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