Em quase seis anos, apenas 565 médicos escolheram vagas com incentivos para zonas carenciadas

Este ano, o Governo duplicou a duração dos incentivos de três para seis anos. Profissionais dizem que incentivos ajudam, mas não são determinantes para mudar de vida e que é preciso olhar para as zonas carenciadas como um todo.

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Miguel Martins, de 30 anos, é médico de família em São Bartolomeu de Messines (Algarve) Nelson Garrido
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Miguel Alves é internista em Macedo de Cavaleiros

Em quase seis anos, “565 médicos escolheram uma vaga com direito ao regime de incentivos” para as zonas e especialidades carenciadas, segundo dados do Ministério da Saúde enviados ao PÚBLICO. São lugares que dão direito a um acréscimo remuneratório, de dias de férias e para formação, com o objectivo de levar médicos para centros de saúde e hospitais onde as equipas são mais deficitárias. Mas nem todos foram ocupados. Este ano, o Governo duplicou a duração dos incentivos de três para seis anos. Os profissionais dizem que os incentivos ajudam, mas não são determinantes para mudar de vida e que é preciso olhar para estas zonas de forma global.

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