As razões privadas de Bruno Pernadas são a nossa festa colectiva

Há tanta música na música de Bruno Pernadas. Pop, jazz, clássica ou experimental. Rigor e espontaneidade. Introspecção e universalidade. Oriente e Ocidente. Private Reasons é o fim de uma trilogia para ele. Para nós é o início da melhor Primavera de sempre.

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No início de 2014, Bruno Jorge de Oliveiras Pernadas, natural de Lisboa, com um currículo onde constavam a Escola de Jazz do Hot Club, a Escola Superior de Música de Lisboa e o estudo de Análise e Técnicas de Composição, lançava um dos melhores álbuns feitos em Portugal nas últimas décadas. Por tentativa de ordenar o mundo, assumiu-se que How Can We Be Joyful in a World Full of Knowledge era um disco pop, mas era um mosaico inclassificável onde cabiam inúmeros motivos (do jazz, folk, afro-beat, rock psicadélico, electrónicas, ambientalismo, hip-hop e exotismos vários) numa sonoridade espacial, harmónica e solar. Depois vieram espectáculos, onde quase uma dezena de músicos em palco, tanto reproduzia com impossível minúcia a malha intricada de elementos sonoros, como expandia esses motivos iniciais até ao infinito.

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