Luís quis saber como se vestiam os pobres na Idade Moderna — e isso valeu-lhe um prémio
O investigador da Universidade do Minho recebeu o Prémio Lusitânia História, da Academia Portuguesa de História, com a “versão em livro” da sua tese de mestrado. Agora, Luís Ferreira alarga o estudo para Porto e Lisboa através de outras fontes. O tema, ainda “pouco estudado”, contraria a tendência de se perceber os costumes das elites de outros tempos.
Na aldeia do século XVII que serve de cenário para o quadro Sete Obras de Misericórdia, de Pieter Bruegel, “o Novo”, há vários protagonistas. Distribuem-se por sete situações distintas que representam, como o título do quadro deixa antever, as sete obras de misericórdia — neste caso, as corporais (porque também há as espirituais). Dá-se de comer a quem tem fome, de beber a quem tem sede; dá-se cama ao peregrino, cuida-se de quem padece de qualquer doença; visitam-se os presos, enterram-se os mortos. Na parte inferior esquerda da obra, vestem-se os nus.
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