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Quatro portugueses candidatos ao Prémio da União Europeia para a Literatura

Ana Margarida de Carvalho, Frederico Pedreira, Isabel Rio Novo e João Pinto Coelho foram os romancistas escolhidos pelo júri nacional. O vencedor de cada um dos 14 países seleccionados em 2021 será conhecido a 18 de Maio.

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Isabel Rio Novo é uma das candidatas ao prémio. Nuno Ferreira Monteiro

Quatro escritores portugueses estão entre os finalistas do Prémio da União Europeia para a Literatura, ao lado de autores de 13 outros países, anunciou esta quinta-feira a organização. Os autores portugueses são Ana Margarida de Carvalho, com O Gesto que Fazemos para Proteger a Cabeça, Frederico Pedreira, com A Lição do Sonâmbulo, Isabel Rio Novo, com Rua de Paris em Dia de Chuva, e João Pinto Coelho, com Um Tempo a Fingir. Todos os romances escolhidos pelo júri foram publicados em 2020, salvo o de Ana Margarida de Carvalho, que saiu ainda no final de 2019 e foi finalista do Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores. 

O júri nacional foi constituído por José Manuel Lello, administrador da Livraria Lello, no Porto, que presidiu, e ainda por José Jorge Letria, presidente da Sociedade Portuguesa de Autores, pelo romancista João de Melo, pela jornalista Isabel Lucas e pelo escritor David Machado, que venceu o prémio em 2015.

Criado pela Comissão Europeia, o Prémio da União Europeia para a Literatura visa “destacar a criatividade e a diversidade da literatura contemporânea da Europa, no campo da ficção, promover a circulação de literatura e incentivar um maior interesse por obras literárias na Europa"​. Aberto não apenas aos países comunitários, mas aos 41 estados que integram actualmente o programa Europa Criativa, o prémio abrange em cada ano um terço destes países, numa lógica rotativa que leva a que cada país seja candidato de três em três anos. 

Os júris nacionais, compostos por especialistas em literatura, editores e livreiros, começam por escolher entre dois e cinco livros, e finalmente indicam o vencedor do país, que recebe cinco mil euros, Depois de escolher uma lista restrita com dois a cinco livros de autores promissores do seu país, cada júri selecciona o vencedor nacional, que recebe cinco mil euros, comprometendo-se ainda a organização do prémio a facilitar a participação dos autores em feiras do livro na Europa e no mundo e a apoiar a organização de eventos em livrarias ou institutos culturais. E todos os anos publica uma antologia de excertos dos livros premiados, na língua original e em tradução inglesa ou francesa. 

Em 2021, uma edição que tem o apoio da Presidência Portuguesa da União Europeia, estão a concurso autores e obras da Albânia, Arménia, Bulgária, República Checa, Islândia, Letónia, Malta, Países Baixos, Portugal, Sérvia, Eslovénia, Suécia, Tunísia e Moldávia.

A primeira autora portuguesa a receber o prémio foi Dulce Maria Cardoso em 2009, com Os Meus Sentimentos. Afonso Cruz venceu em 2012 com A Boneca de Kokoschka, e o romance Índice Médio de Felicidade, de David Machado foi o livro eleito pelo júri português em 2015. 

Devido à pandemia, a cerimónia de entrega dos prémios, marcada para 18 de Maio, decorrerá apenas on line, no canal YouTube e nas páginas do prémio nas redes sociais.