Uma Margarida Tengarrinha de ficção, para lembrar o heroísmo invisível da clandestinidade
Primeiro na sala online do São Luiz, depois no Museu do Aljube, Joaquim Horta dá vida a Memórias de Uma Falsificadora, o livro em que se fixou uma história particular de resistência à ditatura.
Quando começamos a acompanhar Catarina Requeijo no percurso que a leva da porta de artistas do São Luiz Teatro Municipal até finalmente se instalar no lugar onde terá início a peça Memórias de Uma Falsificadora, é ainda com a actriz que estamos. Catarina apresenta-se, diz-nos que sofre de “personalidade intermitente” devido ao ofício que pratica, mas que nunca usou um documento falso. Fala-nos brevemente do seu confinamento, de cantar “a Grândola” à janela com a família no 25 de Abril passado, e deixa-se, depois, habitar por Margarida Tengarrinha.
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